Morte da esposa influenciou a decisão de Andreas Kisser em encerrar as atividades do Sepultura

Em meados do ano passado, Andreas Kisser sofreu um dos maiores baques de sua vida pessoal, que foi a morte de sua esposa Patrícia Perissinoto Kisser, aos 52 anos, vítima de um câncer de cólon.

Desde então, o músico vem repensando os planos de sua vida pessoal e profissional; uma das decisões tomadas, em comum acordo com seu companheiros de trabalho, é o encerramento das atividades do Sepultura, depois da turnê em celebração aos 40 anos do grupo brasileiro de thrash/death metal.

Em conversa com o jornal O Globo, Andreas refletiu sobre o término da carreira do Sepultura.

“Essa parada do Sepultura é uma consequência desse processo que passei com minha esposa por conta do câncer. Essa coisa da discussão do cuidado paliativo que da dignidade a quem está sofrendo vai muito além da morfina.

Essa porta gigante que se fechou com a partida da minha esposa levou uma parte gigante minha, mas abriu outras coisas que estavam dormindo. Eu me tornei outra pessoa. Notei que respeitar a finitude dá uma ressignificação maior a tudo. Não só à vida, mas à carreira, ao que é o Sepultura ou às possibilidades que surgem após a essa parada”.

É importante frisar que Kisser ficou ao lado da companheira durante todo seu tratamento contra a doença, dessa forma passou por diversas questões delicadas ligadas ao tratamento e morte de Patrícia.

Patfest

Em memória à esposa, Andreas criou Patfest, festival solidário que homenageia a vida de Pati e visa levantar fundos para a ONG Comunidade Compassiva, que é uma iniciativa atuante em comunidades periféricas do Rio de Janeiro e Minas Gerais, cujo o objetivo é prestar apoio a pacientes em situação de vulnerabilidade que estão em quadros irreversíveis.

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