O ano é 2001 e o Moonspell ainda estava na busca do perfeito equilíbrio, do seu yin-yang musical. No período imediatamente anterior, a banda experimentou várias influências musicais diferentes em busca de um som mais maduro que se adaptasse a sua essência e lançou dois ótimos álbuns: Sin/Pecado, de 1998, e The Butterfly Effect, de 1999.
Mesmo que estes trabalhos mostrassem a capacidade do grupo de usar diferentes gêneros em uma mistura que funciona muito bem, era bem aparente que a banda ainda estava inquieta e não estava se sentindo muito confortável com esse som.
Se somarmos a isso o desejo dos fãs pela volta do som extremo e gótico característico da banda, temos então como resultado o quinto álbum de estúdio, Darkness and Hope, lançado originalmente em 2001, que mostra sinais de um amadurecimento musical que o Moonspell sempre procurou.
E o título não poderia ser mais apropriado, pois o álbum traz um lado positivo e outro negativo (lembram do yin-yang?) para toda sua base de fãs. Darkness and Hope retorna a um som muito mais sombrio e taciturno, algo que os fãs dos dois primeiros álbuns: Wolfhert e Irreligious, sempre esperaram ansiosamente.
No entanto, apesar de todas essas atmosferas góticas, Darkness and Hope não é um retorno do Moonspell às suas raízes black metal, algo que também os fãs esperavam com muita ansiedade.
Em síntese, o disco é um álbum que consegue criar uma incrível atmosfera melancólica e apresenta algumas das melhores composições dos portugueses como a faixa título, Firewalking e How We Became Fire.
Também neste álbum, Fernando Ribeiro continua mostrando sua evolução como vocalista, cantando de forma mais bonita do que nunca. E como compositor, suas letras se concentram principalmente no amor perdido, na tristeza e na saudade, conseguindo transmitir magistralmente suas deprimentes mensagens.
Já a cozinha formada por Sérgio Crestana (baixo), Miguel Gaspar (bateria) e Pedro Paixão (teclados) mostra que cada um dos músicos estava com a inspiração transbordando e totalmente à vontade com o novo som da banda. Mas quem mais se destaca é o guitarrista Ricardo Amorim que apresenta ótimos momentos de dedilhação suave, riffs intensos e solos grandiosos.
Darkness and Hope é o primeiro álbum que traz um Moonspell mais maduro que conseguiu equilibrar a atmosfera dramática e gótica de Wolfheart e Irreligious, com a experimentação de Sin/Pecado e The Butterfly Effect, por isso, é um dos lançamentos mais importantes na carreira da banda portuguesa, pois o seu particular som provou ser a chave para o seu posterior sucesso mundial.
Adquira sua cópia aqui: https://bit.ly/3zpGPVp. Um lançamento da parceria Shinigami Records/Century Media Records.
Fonte: Shinigami Records