O primeiro show do Metallica em território finlandês foi cercado de momentos curiosos, para dizer o mínimo. A banda, que estava divulgando a Bang That Head That Doesn’t Bang Tour, tocou para 150 pagantes, mas precisou, antes da apresentação, lidar com uma briga em massa – via Metal Hammer.
A confusão foi desencadeada por um infeliz incidente envolvendo o responsável pela iluminação do grupo, Tony Zed, e uma estudante finlandesa. Zed, que tinha a mania de entrar em reuniões comunitárias gritando o mais alto que podia, voltou ao ônibus de turnê da banda em seu estilo gritador e assustou uma estudante finlandesa que estava no ônibus.
A moça ficou apavorada com a aparição repentina de Tony e deu um soco no rosto do roadie, que acabou retribuindo o golpe. A garota fugiu do veículo em busca de refúgio entre seus amigos, e a história começou se espalhar. O público ficou indignado com o que aconteceu com a jovem e jurou vingança. Quando a banda e os membros da equipe apareceram, a pancadaria simplesmente imperou.
O engenheiro de som do Metallica, Mick Hughes, lembra que “o lugar todo se transformou num grande pandemônio. Estava todo mundo envolvido: plateia, banda e equipe. Foi uma loucura”.
O saudoso baixista Cliff Burton foi quem encerrou a confusão, e de forma memorável. Na turnê, o músico tinha a estranha mania de levar um martelo, que era para os momentos de precisão, segundo Cliff. E, na briga que rolou na Finlândia, Burton decidiu que era a hora certa de sacar o martelo para conter o caos.
Segundo Andy Battye, técnico de guitarra de James Hetfield, o baixista pegou a ferramenta, girou acima da cabeça enquanto pedia para todo mundo recuar e parar porradaria. Com a paz restaurada, o Metallica pôde fazer seu show e Cliff finalizou o dia como herói.