Max Cavalera recorda criação de Roots do Sepultura: “Gravação de Ross soou uma merda total”

Roots, que é o sexto trabalho de estúdio do Sepultura, saiu em 20 de fevereiro de 1996 e chancelou de vez o espaço do grupo brasileiro no mercado estrangeiro. O disco lançou mão de muitas participações especiais, nomes como Carlinhos Brown, Mike Patton (Faith No More) e David Silveria e Jonathan Davis (Korn) deram as caras em algumas canções da obra.

Em 2018, o quarteto responsável pela criação de Roots – Max Cavalera (vocal e guitarra), Andreas Kisser (guitarra), Paulo Xisto Jr. (baixo) e Iggor Cavalera (bateria) – bateu um papo com a revista britânica Metal Hammer para contar os pormenores em torno do álbum.

O frontman recordou que o Sepultura não enfrentou pressão no lado musical. Na verdade, a banda teve muita liberdade para criar as canções da maneira que julgavam ser a mais adequada para dar um passo além na carreira.

“Não houve pressão no lado musical. Nós provamos que poderíamos levar a música para qualquer direção que quiséssemos, e foi ótimo”, disse Max. “A melhor coisa foi ter a combinação de Ross Robinson [produção] e Andy Wallace [engenheiro de som]”, destacou.

“Ross gravou sozinho e soou uma merda total”, criticou o músico. “Não estava apto para consumo humano”, reforçou. “Nós enviamos para Andy. Foi como enviar a ele um diamante coberto de merda. Ele teve que limpar toda a merda para fazer o diamante brilhar, e foi o que ele fez”, concluiu.

É muito importante destacar que Roots é um álbum que abriu um outro caminho para a música pesada, mostrando e amplificando as nuances brasileiras. Grupos como Slipknot, Deftones, Korn e Limp Bizkit têm o trabalho em suas listas de influências.

Ele alcançou a primeira posição da parada britânica de rock e metal. Na Billboard 200, o disco emplacou a vigésima sétima posição. Já a vendagem de Roots passou a casa de dois milhões de cópias vendidas em todo o mundo.

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