O ex-guitarrista do Megadeth, Marty Friedman, concedeu uma entrevista ao canal canadense The Metal Voice e falou sobre a experiência de ser um imigrante no Japão. O músico se mudou para o país nipônico em 2003, pouco tempo após deixar a empresa de Dave Mustaine.
“Eu sou definitivamente a minoria aqui no Japão. Na maioria de tudo que eu faço, eu sou o único não japonês no recinto, no estúdio ou onde eu for tocar. Eu faço um show e há milhares de pessoas lá e eu sou o único estrangeiro no local.
As pessoas realmente não entendem a proporção de como é uma sociedade de uma raça. Acho que o número correto é algo como 94, 95 por cento das pessoas neste país são todas japonesas, e isso é algo a ser considerado.
É interessante, porque os Estados Unidos, é um caldeirão cultural completo, então o conceito de tudo é completamente diferente. Falo que não importa o quão fluente você seja no idioma, não importa o quanto você esteja imerso na cultura, nunca tenha o objetivo de pertencer, porque é aí que você vai tropeçar”.
Marty completou: “A maneira de internalizar isso é: não há como eu pertencer, mas eu certamente posso coexistir, certamente posso trazer algo para a festa e certamente posso tirar algo bacana de toda a experiência”.
“Eu nunca falo inglês aqui no Japão, exceto para fazer coisas como essas entrevistas com veículos de comunicação de língua inglesa e falar com a minha família. Quando alguém me ouve falando inglês no telefone, eles ficam até espantadas.
As pessoas até esquecem que sou norte-americano, porque eu assimilei muito a vida daqui. Mas não confunda com pertencimento, porque eu ainda sou o elefante na sala, por assim dizer”, concluiu.
Veja a fala completa de Marty Friedman aqui: