Ninguém ousa desmentir esta verdade: rock n’ roll e heavy metal são estilos musicais maravilhosos, que estão aí no mercado há décadas superando, inclusive, as premissas e vontades de serem destruídos por muitos de seus difamadores.
Apesar de tudo, as bandas têm resistido bravamente no mercado fonográfico: umas com mais integridade e menos avarias, outras bastante esfarrapadas, vivendo de glórias passadas e, às vezes, com apenas um integrante original ou clássico.
Por infinitos motivos como ego, dinheiro, inveja e talaricagem, os músicos entram em conflito e deixam os postos para se aventurarem em outros projetos musicais. De tempos em tempos, é possível se deparar, inclusive, com grupos alheios aos originais com mais integrantes das formações clássicas.
À vista disso, queremos apresentar oito bandas que têm mais membros originais do que os próprios conjuntos de onde vieram.
1 – U.D.O.
Atualmente, o titã metálico alemão, Accept, é conduzido pelos punhos de ferro do guitarrista Wolf Hoffmann, que é o único músico da formação considerada clássica. Já a nova formação do U.D.O. conta o vocalista Udo Dirkschneider e o baixista Peter Baltes, isto é, com dois ex-integrantes do Accept.
2 – The Halo Effect
Aqui o negócio é ainda mais grave! O The Halo Effect é integralmente formado por músicos que vieram do In Flames O esquema é: Jesper Strömblad (guitarra – In Flames 1990-2010), Mikael Stanne (vocal – In Flames 1990-1995), Peter Iwers (baixo – In Flames 1997-2016), Daniel Svensson (bateria – In Flames 1998-2015) e Niclas Engelin (guitarra – In Flames 1997-98/2011-2019).
O In Flames não tem nenhum músico lá dos primórdios, mas conta Björn Gelotte (guitarra – de 1995-atualmente) e Anders Fridén (vocal – 1995-atualmente).
3 – Kings Of Thrash
Kings Of Thrash é um empreendimento do ex-integrantes do Megadeth, David Ellefson (baixo) e Jeff Young (guitarra). O Megadeth continua, claro, sendo a empresa de Dave Mustaine – ele é o único representante das formações clássicas lá dos anos 80 e 90 – e alguns estagiários.
4 – Venom Inc.
Neste caso, a coisa toda se originou do Venom, que continua a carreira com um único membro clássico, o vocalista/baixista Conrad “Cronos” Lant. Os ex-coleguinhas de Cronos, Jeffrey “Mantas” Dunn e Tony “Demolition Man” Dolan, montaram o Venom Inc. e seguem carreira sem dar sequer um telefonema na pegada oi, sumida, ao músico britânico.
5 – Martin Barre Band
O guitarrista fez história no Jethro Tull ao longo de décadas e trabalhos como Aqualung (1971), Thick as a Brick (1972), Heavy Horses (1978), Stormwatch (1979) e tantos outros. Contudo, de uns tempos para cá, Ian Anderson, líder do JT, demitiu a turma das antigas e contratou apenas estagiários para seguir carreira com o grupo.
Já Martin Barre Band tem em sua formação Clive Bunker (bateria) e Dee Palmer (teclado e piano), músicos da fase áurea do Tull.
6 – Velvet Revolver
Comecinho da década de 2000, Axl Roses estava contratando e demitindo músicos quase que diariamente para compor o Guns N’ Roses. Por fora dessa confusão, o Velvet Revolver tinha o luxo de ter em suas bases Slash (guitarra), Duff McKagan (baixo) e Matt Sorum (bateria), ou seja, três ex-GN’R.
7 – Cavalera Conspiracy
Bem, a briga é antiga e mais do que conhecida pelos fãs. Max Cavalera e Iggor Cavalera decidiram sair do Sepultura em 1996 e 2006, respectivamente, e o grupo passou a ser comandado por Andreas Kisser. Os irmãos Cavalera montaram o Cavalera Conspiracy, que soa como uma continuação do que fizeram com a banda brasileira anos atrás.
Há um empate técnico: irmãos de um lado e Andreas Kisser e Paulo Jr. (baixo) do outro. Porém, a balança tende a pesar mais para o lado em que tem vocal, guitarra e bateria, sendo assim, não seria uma loucura afirmar que o Cavalera Conspiracy é mais Sepultura do que o Sepultura.
8 – Crypta
A Crypta, banda de black/death metal composta por Fernanda Lira (vocal e baixo), Tainá Bergamaschi (guitarra), Jéssica Di Falchi (guitarra) e Luana Dametto (bateria), nasceu de uma dissidência da Nervosa.
Basicamente, Fernanda e Luana eram integrantes do trio thrasher, mas queriam ampliar a jurisdição musical, o que não contemplava os plano da Nervosa, que tem bandeira fincada e tremulando no thrash metal; assim, as moças criaram a Crypta para dar vazão aos arroubos criativos.
Com isso, a Nervosa segue apenas com a frontwoman Prika Amaral da constituição dos primeiros discos.