Em 2015, Rudolf Schenker (guitarra), Klaus Meine (vocal) e Matthias Jabs (guitarra) bateram um longo papo com a revista Classic Rock em comemoração aos cinquenta anos do Scorpions. Na conversa, os músicos lembraram o comecinho de carreira, os perrengues, os sucessos e as maluquices que viveram ao longo dos anos.
O trio recordou, por exemplo, como era excursionar pelos Estados Unidos na década de 1980, época em que as loucuras dentro e fora do palco faziam parte do dia a dia das bandas de rock n’ roll e heavy metal.
“Fazer turnês pelos Estados Unidos nos anos 80 era uma festa sem fim, nos divertimos muito”, falou o entusiasmado Klaus Meine.
“Foi uma época em que a AIDS não era conhecida. Foi uma época fantástica, para ser honesto. Haveria longas filas de groupies na porta de nossos camarins”, lembrou Matthias Jabs.
“Mas eu era casado naquela época, infelizmente. Todos nós éramos casados, exceto Herman [Rarebell, baterista]. Todas as esposas queriam vir para as turnês, mas as pessoas diziam: ‘Por que vocês estão levando as suas esposas para turnê? É como levar areia para a praia’. Com toda essa tentação ao redor, não foi fácil”, completou o guitarrista.
Rudolf Schenker arrematou: “Nos anos oitenta, você pedia um grama de cocaína como se pedia uma cerveja. Usar cocaína era normal naquela época. Mas nunca fizemos isso do jeito que Mick Fleetwood fazia. Nunca tivemos problemas com drogas”.
Apesar das esbórnias, o Scorpions vingou sem perder integrantes para a dona morte e conseguiu ser um dos grupos que mais vendeu álbuns ao longo dos anos. O quinteto já comercializou mais de cem de milhões de discos e se mantém até os dias de hoje como uma potência do hard rock.