Duas gênios criativos bancaram o começo da carreira solo de Ozzy Osbourne, sob o aspecto artístico: Randy Rhoads comandava mais a parte instrumental e Bob Daisley ficava mais concentrado no conteúdo lírico e arranjos.
E o Madman? Bem, Ozzy tentava ficar sóbrio e não estragar todo o trabalho que estava sendo iniciado a duras penas.
Batendo um longo papo com o Youtuber Johnny Beane, Bob relembrou que Ozzy Osbourne chegou a fazer algumas letras para o disco Blizzard of Ozz, mas eram péssimas.
Ele contou: “Ozzy não era letrista, tampouco Randy. E lá no começo éramos apenas nós três; estávamos fazendo as audições com bateristas e compondo, também.
Eu lembro que estávamos em um lugar de ensaio chamado TransAm Trucking, que ficava em Suffolk, Inglaterra, e vi Ozzy e Randy tentando escrever algumas letras. Quando vi o material, achei horrível! Era como Spinal Tap, mas só que pior.
Na hora, eu pensei: ‘Vou ter que assumir a posição de letrista’. Como queríamos ser autossuficientes, não ter compositores fora da banda, acabei assumindo o papel de letrista na banda”.
Daisley concluiu: “Foram pouquíssimas as vezes em que Ozzy tinha uma linha, um título ou algo assim. Noventa e nove por cento do material foi eu quem escreveu”.
Assista a entrevista na íntegra logo abaixo:
Spinal Tap
Spinal Tap estreou em uma esquete especial chamada The T.V. Show em 1979. O filme This Is Spinal Tap, que era a mais pura zoação com os rock stars, foi lançado anos depois e acabou se tornando uma obra cult na cultura pop e na cena musical.
O longa trazia uma sátira da cena rock e metal da década de 1980. Todos os excessos, breguices e tosqueiras que a música pesada havia produzido até aquele momento serviram de pano de fundo para o filme de Rob Reiner.
Bob Daisley & Ozzy Osbourne
O músico australiano foi um dos nomes que ajudou o Príncipe das Trevas a criar e manter sua carreira solo. Apesar da recusa e má vontade de Sharon Osbourne em colocar o músico no palco como um membro efetivo, devido sua aparência não rock n’ roll, segundo a empresária, Bob atuou como ghost writer para o clã Osbourne.
O músico escreveu material para álbuns como Blizzard of Ozz (1980), Diary of a Madman (1981), Bark at The Moon (1983), The Ultimate Sin (1986), No Rest for the Wicked (1988) e No More tears (1991).