Legista admite que não sabe quando Sinéad O’Connor morreu

O legista que investiga a morte de Sinéad O’Connor disse ao Daily Mail que não se sabe quando ela morreu. Ele contou que ainda tentam juntar as informações sobre os últimos dias de vida da cantora, cujo corpo foi encontrado em seu apartamento, em Londres, na última quarta-feira (26).

Nenhuma causa médica foi dada para a morte e uma autópsia será realizada com resultados que levarão “várias semanas” para serem entregues, disse ontem um porta-voz do London Inner South Coroner’s Court.

No último dia 9 de julho, a cantora postou um vídeo nas redes sociais contando que havia se mudado de volta para Londres. Disse ainda que se sentia “muito feliz por estar em casa”.

As imagens foram feitas para provar que era mesmo seu aquele perfil no Twitter e mostravam a artista desfazendo as malas, pedindo desculpas pela bagunça.

No vídeo, ela aparece rindo e fazendo piadas sobre passar vaselina no rosto para cuidar da pele. Também faz menção a girassóis “lindos” comprados por uma amiga para a inauguração da nova casa, colocados em um vaso na cozinha.

A cantora havia se mudado no início de julho. No vídeo, ela ainda exibiu com orgulho seu violão eletroacústico Martin Johnny Cash preto na parede e disse que iria escrever novas músicas.

Deu a entender que lançaria um novo álbum “no ano que vem” e começaria nova turnê, com datas na Irlanda, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia marcadas para 2024 e 2025.

David Holmes, que estava produzindo o novo álbum da compositora, afirmou que passou a se preocupar bastante com ela depois que o filho da cantora, de 17 anos, se suicidou no ano passado. Em entrevista ao “The Guardian”, o músico afirmou estar de luto e disse que as pessoas devem se concentrar na alegria que a cantora trouxe.

“Lembro-me de pensar na época: não sei se ela pode sobreviver a isso porque entendi a fragilidade dela e o quanto ela amava Shane”, disse ele.

Holmes afirmou não saber quando o novo álbum será lançado, mas o descreveu como “muito, muito especial”. E acrescentou:

“Há muito mais que eu poderia falar, mas é muito cedo para começar a falar sobre a música. Não sei quando isso vai ver a luz do dia, e isso não é da minha conta. Depende da gravadora. Mas é extraordinário. Está lá em cima com o melhor trabalho dela – é muito, muito especial. Quero lamentar por ela, mas também celebrá-la porque é isso que fazemos na Irlanda. Celebramos nossas mortes. Sim, ela foi levada muito jovem, mas há muito o que comemorar em vez de falar sobre os aspectos negativos de sua vida. Sinéad foi torturada, mas também estava muito feliz e parte de mim acha que agora ela está em paz”.

Holmes contou sobre sua empolgação em trabalhar com ela no que viria a ser seu último álbum, que ele acredita estar entre seus melhores trabalhos.

“Eu estava tipo, oh meu Deus, isso é como gravar Nina Simone. Não há ninguém como ela. Ela tem uma das vozes mais puras que já ouviremos na vida”.

Fonte: O Globo

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