O guitarrista e vocalista do Kreator, Mille Petrozza, bateu um papo com o jornalista Nick Ruskell, da Kerrang!, onde comentou sobre os seus quarenta anos de carreira na cena musical e sobre a relação entre o heavy metal e a política.
“Eu acredito que a cena metal, do jeito que eu a entendo desde que comecei nela, sempre fora como uma comunidade, com pessoas de todos os lugares, pessoas diferentes e com diferentes vivências”, comentou Mille. “A gente se apoiava, mas, do nada, uma parte desta cena achou que era bacana discriminar as pessoas, ou vinha com essa ideia de supremacia branca”, relembrou o músico.
“Eu pensei: ‘Não, não é desta forma que eu entendo o metal’. E quando falo destas coisas no palco é para explicar às pessoas o que o Kreator representa. Nós viemos de uma cena muito política, onde até o Metallica, em um determinado momento, era político também”, acrescentou.
“[Metal] Sempre foi sobre os direitos humanos e o senso comum em não ser tolerante a estupidez e as besteiras dos governos. Eu acredito que esse é o ponto de partida”, enfatizou Petrozza.
“Eu sei que às vezes isso deixa as pessoas bravas, já que tira o foco do entretenimento, mas, às vezes, eu acredito que seja necessário [abrir a discussão sobre o racismo e outras questões sociais]”, finalizou.
A entrevista completa (em inglês) pode ser conferida aqui.
E por falar em Kreator, o grupo lançou no ano passado o novo som: 666 World Divided. Como o título sugere, a canção aborda, em seu conteúdo lírico, uma sociedade divida e afundada em caos, o que se assemelha, e muito, a real situação do planeta.
Utilize o player a seguir para curtir o clipe de 666 World Divided: