Nos anos 80, o comportamento do Metallica era bastante selvagem dentro e fora dos palcos. Os músicos faziam questão de impor “brincadeiras” nada positivas entre eles. O baixista Jason Newsted, substituto de Cliff Burton, por exemplo, foi um dos alvos principais de James Hetfield, Lars Ulrich e Kirk Hammett.
Em recente conversa com o jornal britânico Telegraph, o guitarrista Kirk Hammett reprovou a masculinidade tóxica que alimentava o Metallica no começo de carreira e explicou a origem de tal traço de sua personalidade.
Ele disse: “Quando entrei para a banda, eu estava lá falando merda e fazendo muitas coisas malucas, assim como James, Lars e Cliff. Às vezes, as pessoas de pavio curto se voltam contra outras pessoas ao redor delas.
Nós éramos como uma gangue procurando um lugar para pertencer. Eu vim de um lar desfeito, James veio de um lar desfeito, Lars veio de um lar desfeito. A pessoa mais bem ajustada era Cliff Burton.
Nós éramos todos casos perdidos. Mas criamos essa coisa chamada Metallica que tem sido nosso refúgio. Tem sido a única constante em nossas vidas”.
Kirk completou: “Meu pai era um irlandês puro-sangue que gostava de beber e brigar. Ele estava sempre brigando com as pessoas, inclusive com os seus amigos. Ele se reunia com meus tios e era só uma grande sopa tóxica de masculinidade, e foi disso que eu saí”.
Apesar dos muitos episódios de masculinidades tóxica e brincadeiras nada agradáveis, o músico, ao longo dos anos, vem alcançando bastante maturidade. Hoje em dia, ele entende que tem uma grande responsabilidade de influenciar muitas pessoas ao redor do mundo com seu comportamento positivo.