O guitarrista Kiko Loureiro liberou o playthrough da música Blindfolded, canção presente em seu novo álbum de estúdio, Theory of Mind, o qual mergulha nas interações entre humanos e inteligência artificial e aborda o conceito psicológico da Teoria da Mente, que é a capacidade de reconhecer e interpretar os estados mentais dos outros. Veja:
Kiko Loureiro refletiu sobre o conceito de Theory of Mind: “Quando comecei a escrever, senti que estava explorando novas ideias, em vez de seguir um projeto definido. A música é uma forma de revelar camadas ocultas do pensamento e da emoção, e este álbum me levou a territórios inexplorados.
O conceito de Theory of Mind não é novo. É um termo psicológico, desenvolvido inicialmente para descrever a habilidade humana única de reconhecer e interpretar os estados mentais dos outros. Usamos isso todos os dias, muitas vezes de forma inconsciente, para navegar no mundo social, para sentir empatia, para prever o que os outros podem sentir ou pensar.
Isso se torna ainda mais profundo quando aplicado àqueles que vivem a vida de maneira diferente, para quem a Theory of Mind não é algo natural. Nessas pessoas, as lacunas no entendimento podem ser pontes para formas mais profundas de ver o mundo. Este álbum busca capturar essa complexidade – a luta, a beleza e o desconhecido que surgem ao interpretar as mentes dos outros.
Eu vi isso de perto, tanto na minha própria vida quanto através de pessoas próximas a mim. Observar alguém lutando para se conectar intuitivamente com os outros ou ver como as pessoas são frequentemente incompreendidas porque processam o mundo de forma diferente começou a moldar meu pensamento.
Como podemos entender aqueles cujas mentes funcionam de maneiras que não conseguimos compreender de imediato? Como eles nos entendem? Essas perguntas pesaram sobre mim e se tornaram uma força motriz por trás deste álbum. Eu queria refletir essas experiências pessoais musicalmente, criando uma paisagem emocional onde o ouvinte pudesse embarcar nessa jornada, mesmo que por um momento”.
Gravado com Felipe Andreoli (baixo), Bruno Valverde (bateria) e Maria Ilmoniemi (teclados), o álbum foi produzido por Adair Daufembach e contou com a mixagem e masterização de Jacob Hansen.