Kiko Loureiro explica a diferença entre o público do Angra e do Megadeth

Kiko Loureiro (ex-Megadeth, ex-Angra, ex-Dominó) está no Brasil para rever os amigos, familiares e fazer alguns shows da carreira solo. As apresentações vão rolar nos dias 8 e 9 de dezembro, às 19h30, no palco do Sesc Avenida Paulista.

Aproveitando o ensejo, o músico também tem participado de alguns podcasts. Na semana passada, o guitar hero brasileiro participou, por exemplo, do Amplifica, atração comandada por seu amigo Rafael Bittencourt, atual líder do Angra.

Recentemente, Kiko deu as caras no Flow e comentou, dentre inúmeros assuntos, a diferença entre o público do Angra e do Megadeth.

Kiko disse: “É um público diferente! Você imagina que seja o mesmo, mas, ainda que exista algumas intersecções, é diferente. Como dizem em inglês, a gente vai lendo a sala! Vamos percebendo o público ao fazer meet n’ greet, por exemplo.

Megadeth é uma banda mais antiga, então você vê duas gerações de público. Tem uns caras que começaram a ouvir Megadeth em 1985 e o cara está com o filho. Tem um pessoal que idolatra o Dave [Mustaine], acha o cara um deus e ficam até nervosos quando encontram ele. Então, para mim, é uma relação diferente.

Loureiro aproveitou a oportunidade para pontuar as diferenças no quesito produção de show e acrescentou: “E tem o lance do aparato da equipe, de palco, de como se monta, de como se faz, do profissionalismo. É uma banda que consegue trazer profissionais de altíssimo nível, assim, consegue espaços e posicionamentos em festivais e em casas de show de alto nível.

Quando o Angra tocava nos festivais, como no Wacken Open Air, era no meio do festival, na parte da tarde. Bandas grandes como o Iron Maiden já estavam com todo seu equipamento montado no palco, portanto sobrava um espacinho para as bandas menores.

Mas quando tira tudo isso e você entra no palco como atração headliner é uma sensação muito grande. Aí, você começa a ter outro tipo de treino para você chegar no lugares do palco no tempo certo, para ter o timing correto de chegar no microfone na hora certa, por exemplo. Quando você toca em um bar não tem isso, você dá um passo tropeça no cantor”.

O guitarrista completou: “No palco do Megadeth tem que ter 21 pés [cerca de 6 metros e meio] de distância entre o microfone e o drum riser. Esse é o mínimo, porque tem uma questão de engenharia sonora. O palco menor é mais difícil ter a qualidade sonora para o pessoal que está lá na frente. Com maior espaço, o som fica mais limpo”.

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