Kurt Cobain pode ter tido a reputação de ridicularizar as bandas de rock que vieram antes do Nirvana, mas na verdade ele era um grande fã do Aerosmith.
Joe Perry, guitarrista do Aerosmith, contou em entrevista à revista Classic Rock sobre a vez em que o saudoso líder do Nirvana foi visitar a banda nos bastidores.
“Ele estava bem quieto. Ele só queria relaxar”, disse Perry. “Ele entrou no camarim com Courtney [Love] e ficou sentado conosco. Ele era um cara normal. Quando ele foi ao banheiro, Courtney – que foi muito literal – disse: ‘Ele ama vocês. Ele não gosta de ninguém, mas ama vocês’. Eu não tinha nada além de respeito pelo cara. Ele era um compositor e intérprete incrível, e ouvir isso foi ótimo”.
Perry disse que a ideia de que uma geração de músicos deveria odiar aqueles que vieram antes foi algo pensado pelas gravadoras, e não pelas próprias bandas, e passou a relembrar a época em que foi ver o Foo Fighters e foi convidado para ficar em sua sala de aquecimento. “Eles têm todos os instrumentos preparados para que possam entrar e tocar”, explicou ele, “e eles conheciam todas as músicas do Aerosmith. Não acreditei, fiquei com vergonha. Eles estavam tocando músicas que eu não tocava há trinta anos. Sem brincadeira, eles eram fãs, mas sendo capaz de tocar algumas dessas músicas e conhecer aqueles riffs de cabeça, era como: ‘Puta merda!’”.
Em 1992, ao ouvir que Cobain estava lutando contra o vício em heroína, o vocalista do grupo, Steven Tyler, tentou uma intervenção, entrando em contato com o empresário do Nirvana e solicitando seu número de telefone pessoal.
Os dois então se encontraram para falar sobre vício, reabilitação e uma vida além da heroína, mas era tarde demais. Entrevistado no programa de TV americano Turning Point, uma semana após a morte de Cobain, Steven Tyler disse aos repórteres: “Estou com raiva de Kurt. Esse cara não precisava morrer”.