Iron Maiden: “Estamos Melhores Hoje Do Que Em 1985”, Diz Bruce Dickinson

Enquanto esperava pela ligação do G1, Bruce Dickinson tomava um café, em seu chá da tarde em Londres. “Mas acho que não era brasileiro, é de uma dessas máquinas de expresso”, explica o cantor de 60 anos.

Além de café, o vocalista do Iron Maiden falou também de cerveja. E de música. A banda de heavy metal formada em 1975 vem ao Rock in Rio pela quarta vez. Vai fechar o dia do metal, em 4 de outubro, com Scorpions, Megadeth e Sepultura.

No papo com o G1, ele critica as bandas atuais e garante que o Iron Maiden está no auge: “Temos mais experiência. Nossa banda está muito melhor do que antes”.

G1 – Os fãs brasileiros devem esperar algo parecido com o set da turnê europeia na qual vocês estão agora?

Bruce Dickinson – Sim, será quase o mesmo setlist. É o maior e melhor show que nós já tivemos. Para quem nos viu no YouTube, não é como estar lá, não é a coisa real… É claro que todo mundo vai ao show sabendo qual será a ordem das músicas, mas quando você ver o “avião” voando na primeira música seus olhos não vão acreditar, é inacreditável. É um espetáculo.

G1 – Nas três vezes no Rock in Rio, qual foi a melhor e qual a pior?

Bruce Dickinson – [Risos] Eu não me importo muito. É sério. É que para mim cada performance sai de de um jeito diferente… Todo show tem coisas ruins e boas. A primeira vez que tocamos no Rio foi incrível. Era a primeira vez no Brasil.

G1 – O que você costumava fazer em 1985 que não faz mais?

Bruce Dickinson – Não tem nada que fazia naquela época que não possa fazer agora. Estamos melhores agora do que em 1985. Fomos ficando melhores… [Risos] Somos mais velhos, temos mais experiência. Nossa banda é muito, muito, melhor do que antes.

G1 – Quando conversei com Roberto Medina, do Rock in Rio, ele disse que o Iron Maiden seria headliner, porque existem poucas bandas que podem fazer esse trabalho. E quase todas têm mais de 30 anos de carreira… Por que isso acontece?

Bruce Dickinson – Muito disso tem a ver com a forma como a música evoluiu como negócio, com os fãs fazendo download e coisas do tipo… Você precisa ter lealdade por uma banda, ela tem que ser importante para você.

O Maiden e as outras bandas clássicas que podem ser headliners sempre tiveram uma essência em sua música. Música deveria ser 100% do que a gente faz. O resto está além de nós…

G1 – Uma vez no palco do Rock in Rio, você disse que a cerveja brasileira era ‘uma m…’ e que tinha que trazer a sua. Foi uma piada ou você acha que a cerveja aqui, em geral, é ruim?

Bruce Dickinson – [Risos] Na verdade, o Brasil tem uma longa tradição em fabricar cerveja. O que eu não gosto é das cervejas feita para as massas, as grandes marcas [cita várias]… Elas são sem graça demais. Então, eu sei que existe excelência em cervejas no Brasil, muitos sabores interessantes. Eu fiz a mesma piada no México…

G1 – E você tomou muitas cervejas artesanais brasileiras?

Bruce Dickinson – Sempre quando vou ao Brasil, na nossa lista do camarim eu peço cervejas locais. E quando eu digo locais, são aquelas feitas de um jeito fascinante..

G1 – Existe alguma música que os fãs amam, mas se você pudesse, você tiraria do show por já ter cantado muitas vezes?

Bruce Dickinson – Não.

G1 – E qual nunca poderia tirar?

Bruce Dickinson – Eu defendo cada música que eu estiver cantando naquela hora. Algumas são mais difíceis de cantar do que outras, sabe? Depende da parte em que elas estão no set. “Aces High” é sempre difícil e tenho que estar preparado para ela porque é a primeira no set…

Por Braulio Lorentz
Fonte: G1

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