Iron Maiden: Confira 10 Curiosidades Sobre O Clássico The Number Of The Beast

O terceiro registro de estúdio do Iron Maiden, The Number of the Beast, completa nesta terça-feira, dia 22 de março de 2022, quarenta anos de seu lançamento original. O disco, que fora o primeiro trabalho do grupo com o novato vocalista Bruce Dickinson, figurou no Top 40 da Billboard’s 200 e no Top 10 Reino Unido, com o single Run to the Hills.

O sucesso do álbum fora arrebatador, alçando a banda a novos patamares no ‘show business’. A lendária Beast on the Road Tour, por exemplo, contou com 181 apresentações. O giro passou por 12 países e 4 continentes. Já a vendagem de cópias do disco já bateu a impressionante marca de 20 milhões de cópias vendidas em todo mundo.

Em comemoração às quatro décadas de The Number of the Beast, o site britânico Loudwire enumerou 10 curiosidades sobre o álbum. O resultado você pode conferir nas linhas abaixo:

1. A locução no início da faixa-título não foi feita por Vincent Price

Embora a intenção da banda fosse recrutar o ícone do terror Vincent Price para dar voz à introdução apocalíptica da canção, o ator exigiu um preço alto. O valor cobrado por Vincent era de £25.000, sendo assim, fora do orçamento da banda. Com isso, o trabalho ficou sob a responsabilidade do ator inglês Barry Clayton. Vale comentar que a introdução de Clayton une as passagens bíblicas de Apocalipse 12:12 e Apocalipse 13:18.

2. The Number of the Beast, a canção, foi inspirada no filme Damien: Omen II

O heavy metal vez ou outra se inspirou em filmes, o que não é nenhum segredo, vide, por exemplo, o Black Sabbath que tirou seu nome do filme de terror de Mario Bava de 1963. Como tal, a música The Number of the Beast fora inspirada na sétima arte: no filme Damien: Omen II. A história do filme narra as dores e flagelos da vida do anticristo Damien Thorne, que reluta em aceitar o fato de ser a própria encarnação do mal.

3. Eddie foi ‘expulso’ do clipe de The Number of the Beast

Quando o clipe de The Number of the Beast foi exibido inicialmente na MTV, a aparição final de Eddie foi editada devido às reclamações de telespectadores sensíveis. Eddie foi expulso, porém, o bode permaneceu no vídeo.

4. Derek Riggs criou a capa do álbum em dois dias… Mas seria usada em outro lançamento 

De acordo com Derek Riggs, criador do mascote Eddie, o empresário do Maiden, Rod Smallwood, pediu uma arte com diabo, feitiçaria e se chamasse Purgatory. Surpreendentemente, a arte foi concluída em dois dias. “Eles me ligaram na sexta a noite e o trabalho foi entregue na segunda de manhã. Quase todas as artes dos álbuns e singles foram feitas nesse ritmo”, comentou Riggs.

“Eu levei para o escritório deles e quando ele [Smallwood] viu, ele sorriu e disse: ‘Isso será ótimo para a capa do álbum’. Rod guardou a arte em um armário e me pediu para fazer outro desenho para a capa do single. Gostaria de ter tido mais tempo para pintar melhor, eu poderia ter feito um trabalho muito melhor”, conclui o artista.

5. Aconteceu coisas assustadoras no estúdio

Relatos de ocorrências sobrenaturais em torno do processo de gravação ganharam força ao longo dos anos. “Tudo deu errado desde o início”, disse Bruce Dickinson em entrevista ao jornal The Sun, edição de 2 de março de 1982. As luzes ascendiam e apagavam sozinhas no estúdio, os equipamentos de gravação inexplicavelmente quebravam e ruídos não intencionais começaram a emanar do equipamento da banda.

As coisas vieram à tona em uma noite de domingo quando o produtor Martin Birch bateu seu carro a caminho do estúdio enquanto a banda estava trabalhando na diabólica faixa-título. O outro veículo era uma van cheia de freiras e a conta pelos danos chegou a £666. “Ficamos todos abalados e Martin estava apavorado. Ele os fez aumentar a conta para £667”, pontuou Steve Harris em entrevista para o livro Iron Maiden: Running Free.

6. Children of the Damned também foi inspirada em um filme

Children of the Damned foi inspirada no filme de terror homônimo à canção. A música interpreta o enredo do filme, que conta a história de um grupo de crianças nascidas de virgem telepáticas, extraordinariamente inteligentes e mentalmente coercitivas e as tentativas do governo de destruí-las.

“Foi meio que baseado no filme, já que a maioria das nossas coisas são vagamente baseadas em qualquer coisa. Nós apenas pegamos uma ideia básica e a desenvolvemos a partir daí”, esclareceu Steve Harris.

7. 22 Acacia Avenue é uma música “reciclada” da banda anterior de Adrian Smith, Urchin

TNOTB fora o primeiro álbum onde Adrian Smith pôde mostrar seus atributos como compositor e arranjador. Uma das quatro contribuições de Smith é a canção 22 Acacia Avenue, que fora composta, originalmente, por Adrian para sua antiga banda, Urchin.

Ele falou sobre o som no episódio Classic Albums: “É uma daquelas primeiras músicas que você escreve. Eu tinha essa banda, a Urchin, e fizemos a música, 22… Seis ou sete anos depois, quando eu já estava no Maiden, ele [Harris] disse para fazermos algo com a música. Steve meio que ‘Maidenizou’ a música, mudando andamento e mexendo ali e aqui”.

8. The Prisoner é uma ode a um programa de TV esotérico inglês

A terceira faixa do álbum encontrou sua inspiração na série de televisão britânica de mesmo nome. Vale destacar que The Prisoner foi uma série com dezessete episódios que foi ao ar do final de 1967 até o início de 1968. Já o enredo ficava na seara do psicodrama de ficção científica e sobrenatural. Outra curiosidade da música é a sua introdução, que conta com a narração que abriu o segundo episódio da série, The Chimes of Big Ben.

9. Invaders & Invasion 

Em uma entrevista ao jornalista John Stix, em julho de 1983, Steve Harris revelou que Invaders é uma extensão da faixa anterior Invasion, que apareceu em The Soundhouse Tapes, bem como no Lado B do single Women in Uniform, de 1980.

Embora seja um boa abertura do álbum, Invaders não tem, todavia, a estima de Steve Harris. “Eu não acho que seja uma das minhas músicas mais fortes. Não é uma música ruim, mas não se compara ao resto do álbum”, disse o baixista em entrevista ao radialista Eddie Trunk. “A música tem um ritmo acelerado e sentimos que abriu bem o álbum, mas acredito que não seja tão forte quanto algumas outras do álbum”, concluiu.

10. A banda desejava Total Eclipse no lugar de Gangland

A banda tinha tempo de material gravado excedente para o perfil dos álbuns lançados na época, que ficavam em torno de 40 minutos. Para ficar dentro do ‘script’, o Maiden teve escolher qual música relegar a sair como Lado B do single Run to the Hills: Gangland ou Total Eclipse? A escolha fora Total Eclipse, o que fora um erro, de acordo com Dickinson.

“O único erro que cometemos foi colocar Gangland no álbum em vez de Total Eclipse”, disse Dickinson em entrevista à revista britânica Metal Hammer, em 2020. “Escolhemos Gangland porque foi a primeira coisa que gravamos juntos corretamente. Mas o resto do álbum foi fantástico”.

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