Iron Maiden: 10 coisas que você talvez não saiba sobre Dance Of Death

O Iron Maiden viu sua sorte mudar com o retorno da dupla: Bruce Dickinson (vocal) e Adrian Smith (guitarra), em 1999. A volta do duo foi coroada com o lançamento de Brave New World, décimo segundo registro de estúdio do grupo britânico, em 2000.

O passo seguinte para reconquista mundial aconteceu no ano de 2003, com o lançamento de Dance Of Death. O disco reserva ao ouvinte momentos sublimes como em Paschendale, Wildest Dreams, Rainmaker, Journeyman, No More Lies e a faixa-título.

O álbum Dance Of Death foi analisado nos mínimos detalhes pela equipe da Metal Hammer, e o resultado da investigação são 10 curiosidades pouco conhecidas pelo público. Confira:

1. Processo de composição

Com o bom trabalho em Brave New World, o Iron Maiden contratou Kevin Shirley para produção de Dance Of Death. No final de 2002, como preparação para as sessões de gravação, a banda escreveu a maioria das faixas, deixando pouca coisa para ser composta no estúdio com Shirley.

Em uma entrevista de 2003, Steve Harris relembrou: “Nós nos demos seis semanas para focar e escrever o álbum; a gente não escreveu nada na estrada, o que foi uma experiência estressante”.

2. Não ao metrônomo

Ao gravar no estúdio, as bandas geralmente contam com a ajuda de metrônomo para manter as performances individuais em sincronia com todo o trabalho. Contudo, de acordo com Janick Gers, o Maiden não quis usar o recurso e preferiu engarrafar a energia de seus shows ao vivo no disco.

Em 2003, numa entrevista ao Metal Rules, Gers explicou: “Queríamos um som ao vivo, então fizemos o disco sem o clique; gravamos o álbum ao vivo dando o nosso melhor. Por causa disso, o álbum tem um som vivo e quente”.

3. Os fãs involuntariamente escolheram o primeiro single

Na turnê de 2003, Give Me Ed Til I’m Dead, o Maiden tocou regularmente Wildest Dreams e a resposta dos fãs foi tão positiva que a banda a escolheu como single de estreia do álbum. Foi oficialmente lançado em 1º de setembro de 2003.

Embora o compartilhamento ilegal de arquivos digitais ainda fosse controverso na época, Dickinson disse ao público naquela turnê que não se importava se as pessoas baixassem o MP3 da nova faixa online, desde que comprassem o álbum no dia de seu lançamento.

4. Também soamos de forma progressiva

Tanto Brave New World quanto Dance Of Death apresentaram composições épicas repletas de dinâmicas, arranjos complexos e momentos que, se isolados, podem levar alguém a pensar que se trata do Jethro Tull.

Em 2004, numa entrevista à revista Classic Rock, Dickinson disse: “Com os dois novos álbuns que lançamos desde que voltei, esse lado progressivo das coisas começou a voltar com bastante força.

No passado, tínhamos músicas como Strange World, Remember Tomorrow e Prodigal Son, mas a maioria das pessoas nos via como uma banda essencialmente de heavy metal, ninguém parecia notar que tínhamos um lado mais suave, também”.

5. A história por trás de Montségur

Enquanto estava de férias no sul da França, Dickinson conheceu a história dos cátaros – uma seita cristã gnóstica que surgiu no século XI, que se estabeleceu na região francesa de Montségur. Os cátaros acreditavam em dois deuses iguais e opostos: um bom e um mau. Tanto a Igreja quanto o rei da França tiveram problemas com essas crenças heréticas.

Em 1209, o Papa e o Rei lançaram uma cruzada contra os cátaros, culminando em um cerco de dez meses a Montségur. Em um gesto incomum de misericórdia, os cátaros que juraram fidelidade à Igreja foram poupados, mas 200 líderes cátaros, também conhecidos como prefeitos, preferiram ser queimados vivos na fogueira.

Parte da letra da canção diz: “O prefeito morreria voluntariamente na fogueira e todos os seus seguidores seriam mortos”.

6. Clipe de Rainmaker ganhou o apelido de “tour-de-force de loucura”

Em entrevista à revista Classic Rock, Bruce falou sobre a gravação do clipe de Rainmaker. “O vídeo tinha hordas de dançarinos africanos cobertos de látex e melaço, trampolins, uma garota vestida de coxa de frango e um ovo cósmico explosivo que cria uma forma de vida satânica louca que faz chover o mal sobre a banda.

É simplesmente brilhante! É uma tour-de-force de loucura [trocadilho com a competição de ciclismo Tour de France]”.

7. Release de divulgação diferenciado

Para o release enviado à imprensa, o Iron Maiden rejeitou o costume de fornecer a biografia insípida e cheia de exageros. Em vez disso, a gravadora EMI pediu que os seis membros falassem sobre os companheiros de banda. Sobre McBrain, Harris falou: “Ele é muito mais complexo do que você imagina”.

Dickinson sobre Smith: “Eu não teria voltado para o Maiden se ele não estivesse na banda”. Janick Gers sobre Harris: “Ele é o coração da banda e é o que mantém o Iron Maiden fazendo o que faz de melhor”.

8. Não pode olhar para as garotas peladas

No encarte que acompanha Dance Of Death, a banda está sentada ao redor de um sofá vermelho em uma mansão gótica, olhando de forma bem séria para a frente. De acordo com Harris, manter o semblante sério foi bem difícil, assim como manter a concentração e não olhar para as garotas peladas que faziam parte da sessão fotográfica.

“Foi uma sessão bastante divertida. A única coisa frustrante era que tínhamos que sentar muito, muito quietos e olhar para frente e não para as meninas. Isso foi bem difícil, mas a vida é difícil, não é?”.

9. A banda compartilha sua opinião de que a arte da capa é horrível

Em inúmeras listas de capas de álbuns do Iron Maiden, a última posição está quase sempre ocupada por Dance Of Death. Dickinson já se referiu à capa como embaraçosa. O designer da capa, David Patchett, teria se desassociado do produto final, alegando que a banda usou seu protótipo inacabado.

10. Nicko McBrain é creditado como compositor pela primeira vez

Depois de vinte anos marcando o ritmo para uma das maiores bandas da história, McBrain recebeu seu primeiro crédito de composição em Dance Of Death. New Frontier é o som composto por Nicko, que também conta com créditos a Dickinson e Smith.

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