Um dos álbuns mais esperados do ano, segundo a revista Revolver, saiu nesta sexta-feira, dia 06 de maio, pela Nuclear Blast Records, e se trata de Rashomon, trabalho de estreia do novo projeto de Matt Heafy, do Trivium, que leva o nome de Ibaraki. No Brasil, o álbum sai pela parceira Nuclear Blast/Shinigami Records.
O novo single do disco, Kagusushi, pode ser conferido no player abaixo:
“Kagutsushi é um ponto de virada na minha relação com o black metal”, disse Kiichi. “Antes de compor esta música, acreditei que precisava me manter em todas as tradições, eu não acreditava que podia atrelar o meu nome e ainda manter alguma coisa legitimamente black metal”, completou.
O músico continuou: “Fazer amizade com o Ihsahn (Emperor) e tê-lo como mentor me mostrou que preciso me manter fiel a mim mesmo, o que é muito mais importante que ser fiel a um gênero musical. Ihsahn libertou a minha mente e me encorajou a afiar as minhas ferramentas que precisava para iniciar Ibaraki apropriadamente”.
Matt concluiu: “As faixas de guitarras gravadas e finalizadas são na verdade de 2010 e 2011. Este álbum é uma cápsula do tempo de minha jornada em criar o Ibaraki. Kagutsuchi foi a primeira música que compus após eu iniciar a minha jornada sob a tutela de Ihsahn”.
Track listing de Rashomon:
“Hakanaki Hitsuzen”
“Kagutsuchi”
“Ibaraki-Dōji”
“Jigoku Dayū”
“Tamashii No Houkai”
“Akumu” (Feat. Nergal)
“Komorebi”
“Rōnin” (Feat. Gerard Way)
“Susanoo No Mikoto” (Feat. Ihsahn)
“Kaizoku”
Sobre Ibaraki
Ibaraki é o nome de um demônio da época do Japão feudal e também nome do novo projeto do Matthew Kiichi Heafy, do Trivium. É um resultado final de uma viagem de um artista encontrando sua voz. São inspirações que incluem as influências do black metal extremo, as histórias de Gerard Way e as aventuras exuberantes de Anthony Bourdain.
É um reflexo das multifacetadas influências de Kiichi pela identidade nippo-americana e o que lhe deu conforto num dos momentos mais trágicos de sua família. Como o artista por trás do projeto, há muito o que contar com o Ibaraki, que começou com um email tímido para uma das figuras mais idolatradas e influentes do black metal.
Kiichi é fã de black metal mesmo antes de começar Trivium e foi falar com representantes da gravadora de Ihsahn, do Emperor, e o artista respondeu pessoalmente. Ele recorda: “Foi muito legal receber aquele ok, e isso me inspirou a começar a dar uma olhada no projeto solo dele. Ele tinha acabado de lançar seu próprio trabalho solo e eu nunca ouvi nada como aquilo, com saxofones, vocais limpos, acordes de jazz. Foi incrível para mim. Ele é um inventor incansável. Então isto me influenciou a compor de outra forma”.
Ser exposto ao trabalho solo de Ihsahn me inspirou a compor e, de forma gradativa, a me tornar Ibaraki. Também foi o início de uma amizade e uma colaboração criativa que acabou levando o próprio Ihsahn para uma função de produtor do projeto. Enquanto muito material foi feito para o Ibaraki durante anos e meses – uma troca de ideias entre amigos fez com que o processo de composição tornasse proporções absurdas – onde o ápice do florescer de ideias foi no meio da pandemia de Covid-19.
Enquanto o material fora primariamente composto por Kiichi, Ihsahn fez a produção e engenharia de som, contribuindo também com estruturas da música, mas o baterista, baixista e guitarrista do Trivium, Alex Bent, Paolo Gregoletto e Corey Beaulieu, respectivamente, contribuíram em várias faixas. A esposa de Ihsahn, Heidi, trouxe alguns samplers de sons da floresta. Há também participação de Nergal, do Behemoth, e Gerard Way.
Ihsahn também encorajou Kiichi a procurar novos caminhos para inspiração para as letras, principalmente da sua herança japonesa. Apesar de ter várias histórias contadas pelas tatuagens de seu corpo, histórias de Deuses específicos do Japão e monstros da religião xintoísta por indicação de sua mãe viraram temática para as letras do álbum.
Enquanto a mitologia rica e o folclore do Japão é o que dá a estética e influencias para Ibaraki, também se transforma na canalização de sua própria identidade e considerando as recentes tragédias de seu estado mental também enalteceram a necessidade de uma melhor representatividade dentro do universo do metal extremo.
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