Em entrevista à rádio espanhola, RockFM, o frontman do Deep Purple, Ian Gillan, de 77 anos, detonou as bandas que usam e abusam de backing tracks em apresentações ao vivo. De acordo com Gillan, o uso do artificio é uma forma de trapaça, mas que é, infelizmente, algo mais do que usual nos dias atuais.
“Bem, pessoalmente, acho que é uma trapaça. Não gosto disso”, disparou Ian. “Eu não estou citando nenhum nome, mas conheço muitas pessoas que fazem isso”, acrescentou. “Notei isso pela primeira vez há 20 anos com uma grande banda americana que veio tocar conosco na Inglaterra”, pontuou.
“Ouvi a passagem de som deles e estavam soando fantásticos. Então, nosso engenheiro de monitoramento e som comentou que eles tinham um trailer com monitores, mesa de mixagem, fitas, sistema de coordenação e reprodução e monitores intra-auriculares. Ou seja, eles estavam imitando”, explicou.
“Na verdade, eles estavam cantando junto, mas a voz não estava sendo usada no microfone. A sincronização labial foi tão bem feita que não foram notados. Conheço muitas, muitas pessoas que trocaram as drogas pelas fitas de backing tracks”, completou.
A entrevista completa pode ser conferida no player abaixo:
Deep Purple
Atualmente, o Deep Purple segue com a sua turnê em divulgação ao álbum Turning To Crime. O trabalho, que é essencialmente de covers, conta com versões de lendárias bandas e artistas como Bob Dylan, Fleetwood Mac, Bob Seger, Cream e The Yardbirds, e foram cuidadosamente escolhidas por cada membro do grupo britânico. O disco, que é o vigésimo primeiro álbum da banda, contou com a produção de Bob Ezrin (Pink Floyd, Aerosmith, Alice Cooper).
É importante relembrar que em julho deste ano, o guitarrista Steve Morse anunciou sua saída definitiva da banda. Em seu lugar, o Deep Purple oficializou o músico Simon McBride.