Conversando com os apresentadores do podcast Xablaw, Taynara Chagas e Yuri Danka, o líder e guitarrista do Sepultura, Andreas Kisser, defendeu o heavy metal contra as acusações de ser algo violento e satânico. O músico também destacou que o estilo musical é voltado para a união entre as pessoas.
“Eu sempre estou representando o heavy metal, de alguma forma, para acabar com o preconceito ignorante de achar que o heavy metal é violento, satânico, do demônio e do mal”, disparou Andreas.
“Heavy metal é família! Heavy metal é uma coisa de tradição, passa de pai para filho, com aquela coisa do vinil e da camiseta. É levar o filho no show do Iron Maiden e Motörhead”, destacou o músico brasileiro.
“É uma coisa muito respeitosa! Ninguém está ali para ficar azarando a mulher dos outros. Você não vê isso no heavy metal. Você não vê alguém querendo usar o golpe de jiu-jítsu que aprendeu na semana”, continuou.
“No carnaval, você vê gente estuprando, cagando e mijando na rua, e a galera sempre vê o carnaval como uma coisa alegre. Você não vê em festival de heavy metal a galera fazer esse tipo de coisa. A galera é muito respeitosa, é um estilo democrático, que une [as pessoas]”, acrescentou.
“Você vê o Rob Halford se assumir gay, e ninguém está queimando disco ou cancelando o cara; você não vê ninguém boicotando o Judas Priest, o cara é abraçado. Tem a representação das mulheres com bandas como a Nervosa e Crypta. O heavy metal é livre, é democrático, e abraça as pessoas, mas muita gente não vê isso, infelizmente”, finalizou Kisser.
Eis o bate-papo na íntegra aqui: