Dezembro chegou, e com ele vem a trinca favorita do brasileiro: o peru de Natal, o shopping lotado e as listas de melhores do ano! Mas antes de entrar no nosso Top 12 do Heavy Metal de 2021, alguns esclarecimentos: esta não é uma lista cult e não é focada em revelações, nem em metal extremo, tampouco no cenário underground.
Só são incluídos álbuns de estúdio completos e inéditos. Os discos escolhidos não são os únicos bons do ano, diga-se. E não há nenhuma pretensão de se causar polêmica e ou de se criar a “lista definitiva”, apenas uma série de sugestões, como deveriam ser, afinal, todas as listas. Sem mais delongas, vamos aos 12 discos que você vai apresentar para a vovó na mesa de Natal… afinal, só 10 é muito pouco!
12) ACCEPT – TOO MEAN TO DIE
Desde seu retorno triunfal com esteroides em 2010, o titã germânico, Accept, nunca decepciona, e não foi diferente desta vez. Mudanças de formação não atrapalharam a locomotiva sonora alemã, que incorpora uma levada mais hard rock ao seu petardo heavy metal.
11) JINJER – WALLFLOWERS
Grande sensação do cenário pesado atual, a banda ucraniana acerta mais uma vez na dinâmica caótica do seu groove metal alternativo e misturado com “tudo que tem na geladeira”. Disco para refletir e invocar o capiroto ao mesmo tempo.
10) MASTODON – HUSHED AND GRIM
Seja por influência da pandemia ou por questões pessoais, a lista de 2021 está repleta de álbuns densos, profundos e com toques de melancolia, e o prog/stoner metal de “Hushed and Grim” é a síntese disso tudo. Porém, sua maior proeza é soar acessível com um material complexo e difícil de rotular, onde a banda norte-americana trabalha o luto da perda e justifica sua proeminência na cena.
9) SOEN – IMPERIAL
Absurdamente melódico e ridiculamente agradável, o prog metal dos suecos é aquele som que chega sorrateiro e não vai mais embora. Intimista e sem enrolação, “Imperial” é um álbum em que o ouvinte simplesmente não vê o tempo passar.
8) TRIVIUM – IN THE COURT OF THE DRAGON
Trivium nos melhores do ano é como as passas na comida de Natal: alguns podem não gostar, mas está sempre lá. Aproveitando a pandemia para lançar seu segundo registro em menos de dois anos, os americanos agora optam por uma sonoridade grandiosa, com passagens orquestradas e épicas, mas sem abrir mão da agressividade típica do seu heavy metal moderno.
7) VOLBEAT – SERVANT OF THE MIND
A banda dinamarquesa abre a destilaria de riffs para servir um blend encorpado de heavy metal e rock n’ roll em “Servant of the Mind”, um dos grandes registros de sua primorosa carreira. O álbum retoma o peso dos discos mais antigos e, como um bom whisky premium, desce suave e delicioso.
6) EVERGREY – ESCAPE OF THE PHOENIX
Uma das bandas mais subestimadas da paróquia, os suecos mantêm o ritmo intenso com o lançamento de “Escape of the Phoenix”, que reafirma seu prog metal ao mesmo tempo elegante, acessível e muito pesado, adornado com belíssimas melodias e um vocal arrepiante.
5) EPICA – OMEGA
Tudo aquilo que o Epica apresenta e representa, com um toque extra de qualidade. Oferecendo um desfile de sonoridades que grudam na cabeça a cada mudança de faixa, “Omega” é um show de symphonic metal e um dos melhores discos da carreira dos holandeses. Veja nossa resenha aqui.
4) GOJIRA – FORTITUDE
Em “Fortitude”, os franceses agregam uma nítida influência do Sepultura ao seu já consagrado e peculiar estilo de prog death metal. Da arte de capa aos elementos étnico-tribais incorporados em diversas canções, sua crítica socioambiental vem carregada de referências brasileiras e uma nítida homenagem a “Roots”, que faz o ouvinte nacional abrir aquele sorrisão. Claro que não poderia ficar de fora!
3) IMPAVID COLOSSUS – PROLOGUE
Para esclarecer logo de cara, esse disco não está aqui para cumprir uma “cota de bandas nacionais”, está aqui porque foi um dos melhores lançamentos do planeta. Sem se prender a rótulos, a banda paulistana entrelaça influências de heavy metal, hard rock, punk, hardcore e alternativo, com potencial radiofônico e muita carga melódica, além de um vocal marcante e belas letras, para construir um som de primeira em seu debut “Prologue”. Orgulho nacional! Veja nossa resenha aqui.
2) HELLOWEEN – HELLOWEEN
Uma ruptura e um renascimento para a banda alemã, o primeiro álbum pós-reunião traz um som mais pesado, maduro e elaborado, que supera expectativas e torna-se definidor. Um verdadeiro manifesto de autoafirmação, que só não leva o título de melhor do ano porque em 2021 teve uma certa banda querendo bagunçar o coreto… Veja nossas resenhas aqui e aqui.
1) IRON MAIDEN – SENJUTSU
A instituição britânica balançou o mundo metálico ao retornar após um longo hiato e entregar um dos álbuns mais densos da carreira, porém intrincado a diversas melodias memoráveis, que transladam o conceito de “estratégia e sabedoria” do título. “Senjutsu” tem o mérito de surpreender, diversificar e se revelar aos poucos, como uma epopeia musical feita para bater fundo na alma, onde a estratégia perfeita é apenas degustá-lo junto a uma boa taça de vinho. Leia nossas resenhas aqui e aqui.
MENÇÃO HONROSA
Algumas bandas finalmente entregaram aquele álbum que os fãs já vinham esperando há um tempo, seja pela qualidade questionável de registros anteriores ou por um longo hiato produtivo, e que por pouco não entraram na lista: Therion (Leviathan), Carcass (Torn Arteries), Thyrfing (Vanagandr), Fear Factory (Agression Continuum), Bullet For My Valentine (Bullet For My Valentine), Hypocrisy (Worship).