É uma pena quando uma banda que amamos encerra a carreira! Seja no começo das atividades, ou depois de décadas de trabalho, nunca é fácil reajustar-se a um mundo sem os nossos artistas favoritos.
E se o rock n’ roll nos ensinou alguma coisa nos últimos anos, é que, às vezes, desistir, enquanto ainda se está no auge, não é apenas admirável, mas indiscutivelmente necessário para preservar o legado.
Em um mundo em que a maioria dos baluartes da música pesada estão colocando na praça shows e materiais de estúdio bastante aquém de suas capacidades, dar adeus é melhor do que assisti-los ruir em vida.
Com isso em mente, aqui estão cinco exemplos de bandas de heavy metal que encerraram a carreira antes de macular seus legados musicais – via Metal Hammer.
Black Sabbath
A banda que criou o heavy metal teve uma história turbulenta, cheia de abuso de drogas, álcool, fracassos, mudanças na formação, hiatos e numerosas reuniões, mas quando se trata de seu final, o grupo acertou.
Claro, a ausência de Bill Ward foi sentida profundamente, mas Tommy Clufetos fez um trabalho admirável ao substituí-lo, e Ozzy Osbourne, Tony Iommi e Geezer Butler fizeram uma boa apresentação, encerrando uma carreira de quase 50 anos com shows no Reino Unido no início de 2017.
Eles ainda conseguiram lançar um álbum de despedida muito respeitável – 13 de 2013 – que apenas consolidou o fato de que o Black Sabbath conseguiu sair em grande estilo, e não na infâmia.
Twisted Sister
Logo após a morte do baterista AJ Perro em 2015, foi relatado que o Twisted Sister faria sua turnê final no ano seguinte. Qualquer pessoa que assistiu os shows daquela turnê sabe que eles não haviam perdido sua potência ao vivo, com o vocalista Dee Snider em forma enquanto cantava seus clássicos pelas últimas vezes.
Bem, quase as últimas vezes: no início deste ano, o Twisted Sister se reuniu para uma rápida apresentação no Metal Hall of Fame. Porém, eles, sem dúvida, terminaram a carreira em alta e ainda encaixaram uma homenagem ao colega de banda.
Slayer
O guitarrista Kerry King pode argumentar que o Slayer pediu o chapéu antes da hora! Mas era melhor sair de cena em alta, com um show ao vivo feroz e arrebatador, do que numa decadente jornada de franco declínio.
A morte do guitarrista Jeff Hanneman e a dolorosa saída do baterista Dave Lombardo foram acontecimentos difíceis de engolir para alguns fãs, no entanto, o líder do Exodus, o guitarrista Gary Holt, em parceria com o baterista Paul Bostaph, ajudaram a garantir um final de carreira digno ao titã do thrash metal.
HIM
O vocalista Ville Valo e seus camaradas colocaram o último prego no caixão do HIM há mais de cinco anos. Apesar da inconstância em lançar trabalhos de estúdio, os fãs ainda nutriam um grande carinho ao grupo finlandês. Ville segue em carreira solo, cuja música tem um quê de sua banda anterior.
Motörhead
O grupo era, simplesmente, o trio mais rápido do velho oeste! O poder sonoro de seus shows significava que era quase impossível um show ruim de Lemmy Kilmister e companhia. O último álbum da banda, Bad Magic, de 2015, oferece ao ouvinte um rock n’ roll sujo e invocado, o que é um belo ponto final a uma carreira de tanto sucesso. O Motörhead morreu com Lemmy, mas eles encerraram a carreira celebrados da maneira que sempre mereceram.