Na primeira perna norte-americana da Sabotage Tour, em 1975, o Black Sabbath contou com a abertura do Status Quo, Slade, Peter Frampton e KISS.
Na época, o quarteto nova-iorquino formado por Paul Stanley (vocal), Gene Simmons (baixo e vocal), Ace Frehley (guitarra e vocal) e Peter Criss (bateria e vocal), por exemplo, estava com a faca nos dentes para mostrar seu poderio sonoro ao público e aos colegas de profissão do Sabbath.
Durante uma entrevista à revista britânica Classic Rock, o eterno The Demon, Gene Simmons, relembrou a turnê ao lado de Ozzy Osbourne (vocal), Tony Iommi (guitarra), Geezer Butler (baixo) e Bill Ward (bateria) nos anos 70.
Gene disse: “Eu sempre amei e admirei o Black Sabbath e posso dizer com muito orgulho que os primeiros dias da turnê ao lado deles sempre serão uma lembrança por toda minha vida.
O Sabbath de 1975 tinha toda a adrenalina de uma banda que estava fazendo aquilo em que acreditava. Não havia dúvida de que o Sabbath faria as coisas de seu próprio jeito. Ame ou odeie, a banda marcou de seu próprio modo o rock”.
Simmons continuou: “O KISS conseguiu a oportunidade de abrir para eles na turnê do Sabotage, mas por apenas em três ou quatro shows. Na primeira noite, eu estava nos bastidores, totalmente maquiado e pronto para subir ao palco; ao meu lado estava o grande Geezer Butler – com um metro e setenta e cinco de altura. Já eu, com os meus saltos plataforma, passava de um metro e noventa de altura.
Está no meu DNA! Depois que a pintura de guerra é aplicada, eu me torno o The Demons. E Geezer não sabia bem o que fazer comigo, como lidar com a situação. Enquanto estava ao meu lado, ele me olhou de cima a baixo. Eu olhei para ele, abaixei a cabeça para ficarmos cara a cara, mostrei a língua e disse: ‘Aaahhhh'”.
O linguarudo completou: “Muitos anos depois, Ozzy me contou que Geezer se sentiu intimidado por mim. Ele não achou minha atitude bacana! Mas ele estava certo, pois a nossa intenção era subir no palco e destruir tudo”.