Megadeth acabou de lançar Warheads On Foreheads, disco de greatest hits, e se prepara para um novo álbum de inéditas. David Ellefson, baixista da banda, revelou em entrevista ao Ultimate Guitar que está feliz com a posição que se encontra atualmente.
Mas o músico, integrante do Megadeth desde 1984, nem sempre se sentiu assim. Na entrevista, também destacou algumas dificuldades em tocar há muito tempo com as mesmas pessoas. “Quando estou no palco eu me divirto e aproveito muito, mas é como tentar manter uma família unida. Tem hora que você tem que fazer algumas coisas que você nunca imaginaria, mas você é parte da banda, e tudo isso faz parte da vida como músico. Todos nós temos partes dos nossos trabalhos que não são tão glamourosas, e faz parte da vida”, desabafou.
Entre as dificuldades de manter o grupo junto e ficar afastado dos filhos, o baixista revelou que chegou a ficar aliviado com o final da banda em 2002. “Um dia o Dave [Mustaine] me ligou e disse que ele estava saindo do Megadeth e a banda tinha acabado. Por um lado fiquei muito aliviado porque eu odiava ficar longe dos meus filhos. E aí pensei ‘ah, talvez essa fase da minha vida tenha acabado’, seguido de imediatamente de ‘merda! Como vou pagar pela minha casa?”, brincou.
Apesar das partes ruins, o músico garantiu que sempre amou fazer parte da banda. E, mais do que isso, acreditou no sucesso do grupo desde o início. “As pessoas sempre me perguntaram se eu acreditava que o Megadeth seria grande, e eu digo que sim. Quando conheci o Dave, eu disse ‘isso vai ser enorme! Não vai ser fácil, trabalharemos duros, nós passaremos aperto e ficaremos pobres. Mas eu sempre soube [que daria certo”], declarou.
O Megadeth se separou em 2002 após Dave Mustaine sofrer uma lesão nos nervos do braço. O grupo se reuniu dois anos depois e, desde então, já lançou seis álbuns e se prepara para lançar o sétimo.
Fonte: Rolling Stone Brasil