A fabricante das lendárias guitarras elétricas, Gibson, declarou falência nesta terça-feira (1º), mas apresentou um plano de continuidade comercial que foi aceito pela maioria de seus credores.
A empresa está em dificuldades financeiras há meses e enfrenta um importante endividamento, que a obrigava a pagar antes de 1º de agosto, ou a refinanciar, US$ 375 milhões em títulos.
A tentativa de diversificação da Gibson com sistemas de áudio para o grande público em geral, por meio de sua filial Gibson Innovations, teria resultado nessa situação extrema.
Esta estratégia começou em 2014 com a compra da empresa de entretenimento holandesa Philips por US$ 135 milhões.
O grupo finalmente decidiu recuar e se concentrar nos instrumentos musicais e nos sistemas profissionais de sonorização, de acordo com um comunicado divulgado hoje (1º).
Além disso, a Gibson Brands, empresa controladora das guitarras Gibson, chegou a um acordo de reestruturação com os detentores de 69% dos títulos totais com vencimento em 1º de agosto e receberá um crédito de US$ 135 milhões.
“Esse processo será praticamente invisível para os clientes, que continuarão a se beneficiar de um produto e de um atendimento ao cliente inigualáveis”, garantiu o CEO da Gibson Brands, Henry Juszkiewicz, citado no comunicado.
O grupo que produz, entre outros, o famoso modelo de guitarra Les Paul, foi fundado em 1902 e agora tem sua sede em Nashville, um dos lugares emblemáticos da música nos Estados Unidos (rock, blues, country…).
Entre as estrelas que deixaram sua marca, fazendo música com guitarras Gibson, estão B.B. King, Keith Richards (Rolling Stones), Jimmy Page (Led Zeppelin) e muitos outros.
A Gibson Brands também possui os pianos Baldwin, criados em 1862 e adotados por vários grandes nomes como Igor Stravinsky, Leonard Bernstein, Ray Charles e Dave Brubeck.
Juszkiewicz e o presidente da empresa, David Berryman, controlam juntos cerca de 85% do capital da Gibson Brands, de acordo com documentos apresentados nesta terça-feira em um tribunal especializado de Delaware.
Fonte: UOL