“Eu não mudaria nada em minha vida”, declara Andreas Kisser (Sepultura)

Em entrevista recente ao site australiano AndrewHaug.com, o guitarrista do Sepultura, Andreas Kisser, falou sobre como compor música e fazer turnês ao redor do mundo o ajudou a lidar com as adversidades da vida.

Andreas comentou: “Tudo na minha vida tem a ver com música. A música faz parte da minha vida desde muito cedo, desde que nasci, na verdade. Minha família era muito musical, não no nível profissional, mas sempre ouviram muita música.

Minha mãe tocava um pouco acordeão. Eu comecei na música com o violão da minha avó. Ela cantava músicas folclóricas da Áustria, Alemanha e Eslovênia. Além disso, o Brasil é um país muito musical”.

O guitarrista pontuou: “E estou aqui por causa da música, na verdade! Nunca foi por causa da fama, para sair com garotas ou para dirigir carros esportivos. Estou aqui porque amo o que faço! Sempre sonhei em tocar, fazer show ao vivo, gravar álbum, ter um logotipo de banda e coisas assim.

E aqui estou eu, porque acreditei que poderia realizar meu sonho! Eu me preparei, estudei música e tentei encontrar os melhores parceiros. E o Sepultura entrou na minha vida em um momento muito especial, que eu não sabia o que fazer”.

Kisser acrescentou; “Na época, a minha banda não estava indo para frente, a escola era uma saco e eu estava sem namorada. Era horrível. Então, veio o Sepultura, encontrei caras que tinham a mesma vontade e os mesmos objetivos que os meus, e fizemos o que fizemos juntos.

Durante a carreira, houveram mudanças como a saída de Max Cavalera. Perdemos não só o cantor, perdemos o empresário, gravadora, produtores musicais – perdemos tudo”.

Continuou: “E é por isso que estamos aqui hoje, mais fortes do que nunca, porque aprendemos a lidar com as merdas da vida. Enfrentamos os nossos problemas.

Aprendemos a lidar com os negócios, a resolver todos os problemas econômicos e a construir uma empresa muito forte como a que temos hoje. Portanto, sou muito grato por termos passado por tudo isso. Eu não mudaria nada em minha vida”.

O músico arrematou: “Com os obstáculos da vida, você consegue conhecer a si mesmo e às pessoas ao seu redor. São os momentos em que as pessoas são realmente verdadeiras e você pode saber quem elas são e quem você é.

E a arte em geral é fantástica porque você pode se expressar através da música, das letras e dos shows, é muito saudável para a sua cabeça. Muitas pessoas ouvem música para tentar lidar com seus problemas, e nós temos o privilégio de sermos músicos, então isso definitivamente ajuda”.

E por falar em Sepultura, a derradeira turnê do grupo, intitulada Celebrating Life Through Death Tour, vai começar em março de 2024, em Belo Horizonte, onde a carreira da banda teve seu início.

O giro brasileiro tem apresentações confirmadas também em Juiz de Fora, Brasília, Uberlândia, Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba e São Paulo.

Os ingressos podem ser adquiridos neste link.

Deixe um comentário (mensagens ofensivas não serão aprovadas)