É inegável que a forma como se cria e comercializa música mudou drasticamente nos últimos anos por conta dos avanços da tecnologia. Seja na forma de mostrar ao público o produto ou nos muitos modelos de negócio, o mercado fonográfico impôs novas realidades aos artistas que ainda desejam se firmar na cena rock e metal, por exemplo.
Durante nova conversa com o apresentador Manoel Santos, do Ibagenscast, o veterano baterista Ricardo Confessori enumerou alguns de seus feitos profissionais e salientou que não vê novos músicos tendo a sua mesma atuação e projeção na indústria musical.
“Eu estava chegando aos trinta anos, quando saí do Angra e montei o Shaman. Eu nunca fui um cara de ficar falando essas coisas aos quatro ventos. Eu sempre dividi os créditos com todo mundo, mas a real é que eu comecei a banda Shaman. Eu escrevi três músicas, fui atrás de uma gravadora e chamei os caras.
E dois anos depois eu estava lançando disco e lançando o melhor DVD do Brasil, e isso com trinta e um anos. Vejo muita gente falando que a molecada de hoje está foda.
Eu quero que esteja foda, mas não vejo nenhuma molecada, não vejo nenhum cara com trinta anos fazendo o que eu fiz, sendo um batera líder, compositor, empurrando os negócios da banda, fechando com gravadora e contratando produtor”.
Ricador arrematou: “Sei que os caras sabem tocar hoje em dia! Mas ser o cara que eu fui e ter o ímpeto de começar um negócio, virar um grande sucesso, não vejo acontecer. Não tem ninguém fazendo o que eu fiz com trinta anos. Vejo a galera querendo uma coisa já pronta”.
Confira a fala de Confessori no tocador a seguir: