O guitarrista e produtor Ernie C (Body Count) concedeu uma entrevista ao canal canadense The Metal Voice e recordou como foi o trabalho ao lado do Black Sabbath. Em meados dos anos 1990, o profissional produziu o décimo oitavo álbum de estúdio da banda, Forbidden, o qual gera certo desconforto nos fãs por conta de sua sonoridade.
“A banda (Black Sabbath) não me trouxe para produzir o disco. Miles Copeland [executivo do setor fonográfico] foi quem me trouxe para fazer o disco. Na época, eu estava entre os meus 20 e 30 anos ou algo assim. Eu quis atualizar o som do Black Sabbath, quis fazer eles soarem como o Nirvana”, contou.
“Cozy Powell era o baterista e ele veio com quatro baterias e tocou em cada uma por uma hora. Ele fez essa coisa toda e eu mixei a bateria do jeito que ele quis soar, além disso, ele tinha um cronômetro. Ele estava cronometrando a si mesmo”, lembrou.
“Fiquei meio de bobeira em ver aquilo e achei interessante, por que nunca tinha visto antes. Sou de South Central, e lá não tínhamos cronômetros. Eles queriam mudar o som, mas, ao mesmo tempo, não queriam mudar muito. Eu queria mudar um pouco mais”, completou.
Eis o bate-papo completo no player a seguir:
Forbidden é tido por muitos fãs como o patinho feio na discografia do Black Sabbath, visto que possui a participação do rapper Ice-T em The Illusion of Power, primeira faixa do disco, e a produção de Ernie C, que deixou o produto final aquém do esperado e desejado.
Mesmo assim, o disco alcançou a sexta posição das paradas inglesas e vendeu mais de quinze mil cópias só nos Estados Unidos numa época em que o heavy metal clássico não era a bola da vez.