Na década de 1990, o embate entre o metal e o grunge ocorria nos quatro cantos do globo; a parte do público mais aberta as novidades curtia a proposta de nomes como Nirvana, Soundgarden, Pearl Jam e Alice in Chains.
Já a cota mais ortodoxa tinha ojeriza do movimento, bem como dos grupos, músicos e tudo mais que viesse envolto ao rótulo grunge.
O ex-baixista do Megadeth, David Ellefson, viu in loco o nascimento e a ascensão do grunge; o músico também sofreu com a mudança de foco do mercado fonográfico, o qual tirou os holofotes do metal e os direcionou ao grunge.
Durante bate-papo com o podcast X5, David disse: “Na época, eu morava em Los Angeles; nós tínhamos lançado o álbum Rust In Peace e estávamos começando a escrever Countdown To Extinction.
Eu lembro que estava dirigindo e ouvindo a rádio KNAC, que era a grande estação de rock, e ouvi uma música chamada Breed. Achei a música ótima, e descobri que era do Nirvana. Achei o som deles legal, entendi totalmente a proposta.
Mas era ilegal um metaleiro dizer que gostava do Nirvana! Você poderia ser crucificado e detonado se dissesse isso. Portanto, não era permitido a nenhum de nós dizer isso”.
Ellefson acrescentou: “Eles afetaram todo mundo: MTV, meios de comunicação e, até mesmo, nós do metal. O Metallica cortou o cabelo, mudaram um pouco o som, mas, principalmente, a imagem.
O Metallica e o Megadeth conseguiram sobreviver! Nós nos adaptamos e sobrevivemos. Alguns de nossos contemporâneos simplesmente mantiveram o rumo; como resultado, seus negócios diminuíram por mais 10 anos, até chegar a década de 2000”.