Em uma nova entrevista no podcast Q with Tom Power, o guitarrista do Extreme, Nuno Bettencourt, falou sobre como se sentiu quando ouviu pela primeira vez o clássico instrumental Eruption, do Van Halen, e disse que Eddie Van Halen mudou a forma de tocar guitarra para sempre.
“Essa é a cena ouvida no mundo todo, cara”, ele disse. “Quando colocamos a agulha em ‘Van Halen 1’, e não sabíamos que nave espacial tinha pousado, o que aconteceu, que alienígena era aquele, e ele [Eddie Van Halen] simplesmente mudou a forma de tocar guitarra para sempre, ponto final. De um jeito bom.”
Questionado sobre o porquê de Van Halen ter sido o cara que mudou sua vida, ao contrário de guitarristas como Jeff Beck ou Eric Clapton, Nuno explicou: “Bem, porque muitos dos caras que você citou, que eram incríveis e ainda são incríveis em sua geração, digamos, possivelmente uma geração antes de mim, estavam fazendo coisas, como guitarristas, como criativos, no que tocavam e estilisticamente”.
E acrescentou: “Edward fez a mesma coisa, mas ele fez uma coisa um pouco diferente. Ele mudou o som de um guitarrista. Ele mudou de uma forma inovadora, tão inovadora nos tipos de coisas que ouvíamos e que nos deixavam confusos. Não era apenas como uma escala de blues que Clapton ou [Jimi] Hendrix poderiam ter tocado e que já existia com Chuck Berry e todos os outros, mas eles estavam apenas levando isso para um lugar diferente”.
“Quando ouvimos ‘Eruption’, nós estávamos tipo, ‘Espere um segundo’. Volte. Ouça novamente. Foi apenas um nível diferente de técnica, mas também criatividade, e foi tão inovador”, Nuno continuou. “Edward estava fazendo algo onde todos os caras antes dele, enquanto eles estavam tocando suas faixas de ritmo, se uma mudança em uma seção acontecesse, era sempre o baterista que fazia um preenchimento, que fazia algo para uma mudança”.
“Edward estava agora – nós estávamos ouvindo um guitarrista e dizendo, ‘Nós também podemos nos divertir tocando o ritmo?’ Ele está fazendo preenchimentos, quase como preenchimentos de bateria, entrando em seções, se divertindo e colocando um sorriso em seu rosto e realmente sendo criativo e tocando pequenas vinhetas de solos para um ou dois compassos entre as seções. Isso foi algo realmente fresco e novo. Isso fez você pensar, ‘Eu posso ser criativo com o ritmo’. Isso foi selvagem”, finalizou.
Confira a entrevista abaixo: