Em uma nova entrevista para a Guitar World, Duff McKagan prestou uma homenagem aos músicos que foram essenciais para moldar seu som, entre eles Prince, John Paul Jones e o saudoso Lemmy.
O baixista do Guns N’ Roses foi particularmente elogioso quando se tratou do líder do Motörhead, que faleceu em 2015.
“O baixo de Lemmy me lembrou que você pode ser muito punk no baixo”, disse ele. “Mas o problema é que você tem que acertar as notas, sabe? Não pode sair por aí e ser desleixado. Lemmy me mostrou a importância de ser agressivo, e isso ao tocar com uma palheta, você pode pular, mas não toque duas notas ao mesmo tempo”.
E continuou: “É muito importante acertar suas notas, e ele era muito bom nisso. O som dele era pesado; parecia uma bagunça mas ele estava acertando todas as notas. Se você já viu o Mötorhead ao vivo, você saberá que ele sabia o que estava fazendo; era óbvio. Mas também, vamos lá, Lemmy era uma combinação de todas as melhores coisas do punk e do metal. Ele não aceitava nenhuma besteira, e eu adorava isso”.
Em 2019, McKagan havia explicado como Ace Of Spades mudou sua vida. “Eu era um punk de Seattle, e todos nós ouvíamos AC/DC, Cheap Trick, The Sweet e Montrose, qualquer coisa que nos abalasse”, afirmou ele. “Mas quando Ace Of Spades foi lançado em sete polegadas foi tipo, nossa! Isso nos mostrou que havia uma direção totalmente nova que poderíamos seguir. Não conheço nenhum roqueiro para quem essa música não tenha mudado sua trajetória e perspectiva”.
“Minha banda Loaded fez uma turnê pela Europa com o Mötorhead e eu pude tocar com eles todas as noites, o que foi incrível”, acrescentou.
“Lemmy é parecido com Deus”, continuou McKagan. “Me lembro de estar em uma premiação em Londres com minha esposa Susan, que é supergostosa, e ela usou um vestido super revelador, a ponto de ter que usar um casaco por cima. Mas Lemmy estava lá, e eu pensei, querida, temos que mostrar seu vestido ao Lemmy. Ele foi o único cara que conseguiu vê-la por completo, e dava para ver tudo, porque, sabe, ele é o Lemmy e você tem que respeitar o chefão”.