No começo da década de 2000, o rock brasileiro tomou um grande baque, que foi a saída de Rodolfo Abrantes do Raimundos. Na época, a banda estava em seu pico de popularidade, pois estava colhendo os frutos de seu quinto álbum de estúdio, Só no Forevis, o qual saiu em maio de 1999.
Os fãs e a imprensa tomaram um grande susto pelo motivo da saída do cantor, visto que foi a sua conversão ao cristianismo protestante. Assim como o público, os seus companheiros de grupo também ficaram surpresos e, de certa forma, bravos com a sua decisão de jogar tudo para o alto.
Tempos atrás, Rodrigo Aguiar Madeira Campos – também conhecido como Digão -, que é o líder e guitarrista do Raimundos, bateu um longo papo com o pessoal do canal Produções Productions e falou sobre a reconciliação com o Rodolfo Abrantes.
“Falei com Rodolfo em 2020, no meio da pandemia, quando estava acontecendo várias coisas e um monte de covardia. Achei que estava na hora de ter uma coisa boa nesse Brasil. Ele até tentou falar comigo antes, mas era cedo para mim, eu não estava preparado para isso.
Mas consegui o telefone do Rodolfo e liguei para ele na hora. Falei muitas coisas com ele e pedi desculpa por tudo que eu fiz que o chateou ou que o deixou mal. Falei que estava de joelho pedindo desculpa para ele. Isso foi um livramento para mim. E ele fez a mesma coisa”.
Digão arrematou: “Eu liberei o perdão! E foi tanta coisa ruim embora, tanta angústia. Foi uma coisa maravilhosa. Eu chorei, ele chorou! A gente se encontrou e foi muito bom. E isso nunca foi na intenção dele voltar ao Raimundos. Eu tenho muito respeito por quem é o Rodolfo hoje em dia, ele é muito grande”.
Eis a fala completa de Digão aqui:
