Dia do Guitarrista: 10 guitar heroes que marcaram a história do instrumento

A guitarra pode ser considerada o principal instrumento da música contemporânea! Não é raro ver uma banda relevante à cultura popular sem baixista e até sem baterista, mas sem o icônico instrumento é quase impossível. Mesmo bandas como o Emerson Lake & Palmer que não entraram com os dois pés na jurisdição da guitarra elétrica, enfeitaram aqui e acolá sua arte com riffs, frases e arranjos com a querida e poderosa seis cordas.

Sempre presente em várias gerações de músicos, a guitarra é deliberadamente o oxigênio da música moderna, principalmente no rock n’ roll e heavy metal, que são os estilos de nosso interesse. No linguajar popular, o instrumento pode ser considerado pau para toda obra, pois sua atuação é ampla, na verdade, é ilimitada.

Ela pode prover inúmeras texturas, uma variedade rítmica, melódica e harmônica, que apenas a criatividade de quem a toca é o agente limitador. Nas últimas décadas, com o avanço da tecnologia e disseminação da informação, é mais do que perceptível o descortinar de novas alquimias técnicas e musicais, o que é de extrema importância para a boa manutenção da cena “guitarrística”.

Hoje, no entanto, vamos deixar de lado o aspecto técnico do instrumento, ou seja, não vamos nos aprofundar em temas como licks, lines, arpejos, sweep picking, fraseados, acordes, cromatismo e afins. Como é o Dia do Guitarrista, vamos apenas relembrar 10 nomes que ajudaram a edificar o maravilhoso universo do instrumento.

Jimi Hendrix

Jimi foi o caso mais emblemático em que a tecnologia da época não correspondia ao acervo criativo e técnico do instrumentista. O músico estava à frente de seu tempo, dito isso, é normal perceber, em qualquer de suas performances, a guitarra do músico pedir socorro em dado momento de sua apresentação. Por mais que sua Fender Stratocaster ostentasse as melhores ferragens, madeiras, sistemas elétricos e captadores, a grandeza de Hendrix extrapolava todos os limites.

Jimmy Page – Led Zeppelin 

O rock n’ roll, blues rock e hard rock têm uma dívida eterna com Page! O que esse músico fez por esses estilos musicais está fora do gibi, já diriam os antigos. Com riffs gordurosos e grooves e levadas capazes de dar nó no cérebro de qualquer um aventureiro inconsequente, Jimmy criou uma linguagem pessoal, que sempre fora emulada por gerações seguintes a sua. Seu playing é mais pura elegância e sofisticação.

Tony Iommi – Black Sabbath

O timbre da colossal Gibson SG de Iommi é simplesmente a pedra fundamental do poderoso heavy metal. Na verdade, Tony criou os fundamentos do estilo, praticamente tudo que veio depois fora um derivado de sua criações. Mais rápido ou mais lento, com acordes invertidos ou abertos, com mais ou menos distorção, não importa. Tony ergueu os parâmetros do metal, sendo assim, o trono é somente dele.

Ritchie Blackmore – Deep Purple

Será que Blackmore é a reencarnação do compositor e músico alemão Johann Sebastian Bach, que viveu durante o século XVII e XVIII. Bem, esoterismo à parte, Ritchie, com um estilo bem próximo ao do virtuoso músico barroco, trouxe um sabor diferente ao blues e rock no decorrer de sua carreira, em particular na celebrada década de 1970. Impossível não fazer air-guitar em riffs como Burn, Highway Star e Smoke on the Water.

Jeff Beck

Chamar Beck de camaleão da guitarra é um grave erro semântico, pois o animal se adapta ao ambiente. Diferente disso, Jeff fazia o ambiente, ele criava a cena com sua genialidade criativa nas seis cordas. É praticamente impossível colocá-lo num gênero ou molde, então o mais sábio e aconselhável é imergir com tudo em sua vasta obra. Simplesmente um gênio!

Eddie Van Halen – Van Halen

Poucos artistas esculpiram um estilo que gerações inteiras seguintes usaram como bússola, ou pelo menos como um norte para seus estudos. A guitarra oitentista foi relevante, pomposa e intensa por conta do marco revolucionário proposto pelo músico ao abordar a guitarra de forma inventiva, ousada e original. Todos os dias, sem exceção, os fritadores de plantão precisam agradecer de joelhos o São Eddie Van Halen.

Randy Rhoads – Ozzy Osbourne, Quiet Riot

Rivalidade é comum em praticamente todas as circunstâncias da vida profissional. Aliás, dentro dos limites éticos, onde o bom senso e o respeito são as diretrizes capitais, a competição é até bacana e dá uma esquentada nos ânimos.

Randy e Eddie Van Halen preservavam uma competitividade bem acirrada. Os músicos começaram na mesma época e na mesma cena, então, o título de guitarrista mais virtuoso e barulhento era disputado pelos dois. Apesar de sua trágica e repentina morte aos 25 anos, Rhoads deixou uma obra musical primorosa, que deve ser apreciada por todo entusiasta à guitarra.

Yngwie Malmsteen

Parece que sua paixão pela marca de carro esportivo, Ferrari, influenciou sua abordagem na guitarra! O sueco voador é a acepção da palavra velocidade nas seis cordas. Com técnica apuradíssima, Malmsteen fez a vida de muitos guitarristas, durante a década de 1980, se tornar um pesadelo em forma de arpejos e sweet picking. Yngwie fez o pessoal comprar um metrônomo e dedicar horas e horas ao estudo. Eram duas opções: correr atrás do prejuízo ou ficar de fora da festa.

Michael Schenker – UFO, Scorpions e MSG

Schenker começou fazer história na guitarra ainda na adolescência com uma mistura caprichada de rock n’ roll e o shuffle feel, que é o uso de colcheias, cuja característica é a primeira colcheia mais longa que a segunda, o que atribui um sabor bem especial e único à música. O som que vem da Gibson Flying V armada com o Seymour Duncan nos aproxima de algo celestial.

Kiko Loureiro – Megadeth, ex-Angra

O nosso compatriota é um dos instrumentistas mais completos do universo guitarrístico. Baião, choro, bossa, jazz, rock, metal, entre outros estilos, estão na ponta dos dedos do músico carioca, que atualmente desempenha o intrincado trabalho de ser o solista no Megadeth. Estudioso da guitarra, Kiko agrada em muitos quesitos como timbre, performance e composição. E é maravilhoso afirmar que é um guitarrista Made in Brasil e nos representa de uma forma tão primorosa no exterior.

16 comentários em “Dia do Guitarrista: 10 guitar heroes que marcaram a história do instrumento”

  1. Seja uma lista de 10, de 5 ou de 3 guitarristas, é obrigatório a presença do David Gilmour do Pink Floyd. Qualquer lista que não o inclua não pode ser levada a séria.

    Responder
    • Estou com você sem Gilmore, não há psicodelia, jamais haveria, time, confort be número,……………..shine in Crazy diamond e muito tempo para pensarmos, Theo dark sude of The moon, quanto tempo ficou em segundo lugar do álbum mais tocado no mundo

      Responder

Deixe um comentário (mensagens ofensivas não serão aprovadas)