O vocalista Bruce Dickinson bateu um papo com o a revista britânica Classic Rock e fora questionado sobre sua saída do Iron Maiden, no começo dos anos 1990. Segundo Dickinson, a sensação foi como sair de uma jaula.
“Era como ser um animal selvagem em uma gaiola. Só que, de repente, eles te deixaram sair e disseram: ‘Vai para a selva e se alimenta’. E você diz: ‘Eu esqueci como fazer isso’. Quando eu saí, todos presumiram que eu sabia o que fazer, mas não sabia.
Era uma questão de construir tudo de novo. A maioria das bandas se dá ao luxo de fazer isso quando ninguém se importa com elas, então cometem todos os erros mais idiotas. Mas eu fiz isso tudo em público. No entanto, em retrospecto, eu não fiz um trabalho tão ruim assim.
Consegui fazer algumas ótimas canções em Balls To Picasso [segundo álbum solo, lançado em 1994]. O grande calcanhar de Aquiles do disco foi não ter uma direção clara, e é o que o público ouvinte deseja.
Mas mesmo se eu tivesse uma direção clara, eu não acho que as pessoas estavam prontas para ouvir de qualquer maneira, porque elas estavam muito chocadas com a minha saída [do Iron Maiden]”.
Em carreira solo, o vocalista lançou seis álbuns solo: Tattooed Millionaire (1990), Balls to Picasso (1994) e Skunkworks (1996) seguiram uma pegada mais alternativa. Os trabalhos mostraram que o cantor estava antenado as novidades da época e que estava disposto pagar o preço que fosse para expandir suas fronteiras musicais.
Os outros três discos: Accident of Birth (1997), The Chemical Wedding (1998) e Tyranny of Souls (2005) fincaram bandeira no metal e ofertaram ao ouvinte sons como Darkside Of Aquarius, Man of Sorrows, The Tower, Book of Thel e Abduction.
Muito proveitoso
De fato, ele soube o que fazer nessa situação, afinal de contas, ele mesmo se colocou na mesma. Grandioso Bruce Dickinson.