Dee Snider fala sobre cancelamento do show na Parada LGBT+ de São Francisco: “Não vão me calar”

No mês passado, os organizadores da Parada do Orgulho LGBT+ de São Francisco decidiram cancelar uma performance de We’re Not Gonna Take It com o vocalista do Twisted Sister, Dee Snider. A mudança foi uma resposta ao fato do vocalista ter concordado com os comentários de Paul Stanley (KISS) sobre a transição de gênero em crianças, chamando de uma “moda triste e perigosa”.

Durante uma entrevista recente no The Chuck Shute Podcast, Snider alegou que as pessoas tentaram cancelá-lo por causa do que aconteceu. “Eles tentaram me cancelar porque eu não concordava 100% com a comunidade que queria que eu fosse o grande marechal de seu desfile, com a comunidade com a qual defendi e lutei por décadas”, disse o cantor (via MetalSucks).

E continuou: “Como pai, discordei da capacidade das crianças de tomar decisões conscientes aos cinco, seis e sete anos de idade. Tenho quatro filhos e em breve terei – a qualquer momento, a propósito – meu quinto neto e, em minha sábia opinião, elas não são capazes. E eles foram, tipo, ‘cancelado’ – não apenas o show, mas eles foram atrás de mim e me chamaram de transfóbico”.

Imediatamente após a decisão dos organizadores de cancelar sua apresentação, Snider foi ao Twitter para responder aos críticos, lembrando a todos seu apoio anterior às questões LGBT+. O cantor então culpou a decisão pela ideia de que “a comunidade transgênero espera fidelidade e concordância total com todas as suas crenças e qualquer variação ou desvio é considerado ‘transfóbico’”.

Nos dias que se seguiram aos cometários de Stanley, o vocalista e guitarrista do KISS voltou atrás em sua declaração inicial. Snider, no entanto, disse que não se desculparia de forma alguma porque não fez nada de errado.

Ele disse: “Você pode ir [à minha página do Facebook] e ver o que eu disse, embora tenha sido bastante divulgado pela mídia. E enquanto Paul Stanley se desculpou, não estou me desculpando. Não quando não fiz nada de errado. Sou o primeiro a me desculpar quando faço besteira. E eu apenas expliquei. E [havia] algumas queixas aqui e ali, ‘Dee está reclamando’.”

“Não vão me cancelar. Não vão me calar”, acrescentou Snider. “E o ponto principal foi que a comunidade – a comunidade LGBTQIA+ e qualquer outra – eles precisam do apoio não apenas das pessoas que concordam com eles 100%, eles precisam do apoio do meio, e é aí que a maioria dos nós estamos. [Eles precisam] que as pessoas do meio os aceitem e reconheçam seus direitos e quem eles são. Mas isso não significa que temos que – eu uso a palavra ‘fidelidade’ – ser fiel e nos curvar a cada pequena coisa que eles dizem. Quem concorda com cada detalhe do que alguém diz? Então eu não recuei. Eles ficaram chocados. Porque a maioria das pessoas pede desculpas ou se encolhe em posição fetal”.

Confira a entrevista completa abaixo:

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