Em participação no The MetalSucks Podcast, Dee Snider surpreendeu ao sair em defesa de David Ellefson – ex-baixista do Megadeth que foi afastado da banda após ser envolvido em um escândalo sexual envolvendo uma jovem que supostamente seria menor de idade quando o contato entre os dois foi iniciado.
Durante a conversa, Snider argumentou que “pessoas criativas são mercadorias danificadas por definição” e que este seria o motivo principal para que elas buscassem carreiras artísticas. “Não sei por que as pessoas ficam tão chocadas quando evidências desse dano aparecem. Quando Dave do Megadeth é pego se masturbando, bem…”
“Em primeiro lugar, muitos de vocês fazem a mesma coisa, mas em segundo lugar, ele é um músico. Ele não é um padre. Você não pode esperar que ele seja como um padre. Você nem sequer pode esperar que um padre seja como um padre,” disse Snider. Curiosamente, David Ellefson atuava como pastor luterano há uma década.
Dee Snider deu continuidade a seus argumentos, afirmando que, em sua opinião, a arte não deveria ser “desprezada e jogada fora” só porque “o artista se provou um ser humano falho”, e mencionou outros nomes. “Se nós descobríssemos que Michelangelo [pintor] era um pedófilo, nós deixaríamos de visitar a Capela Sistina? Nós pintaríamos por cima dela? Não vai ser mais boa arte porque calhou do pintor ser um pedófilo? Hipoteticamente falando.”
“Todos os artistas e pessoas criativas têm alguns esqueletos no armário e de repente esse esqueleto é descoberto e nós pensamos ‘Bom, ele não tem mais graça’, ‘Ele não é mais um bom ator,’ ‘Não podemos mais ver os filmes do Kevin Spacey.’ Ele é um dos melhores atores do nosso tempo, mas ele está morto [para o público],” completou Snider.
O vocalista do Twisted Sister completou esclarecendo que não estava tentando “inventar desculpas” e que seu foco principal era o descaso com a arte após os escândalos vindos de artistas. “As pessoas deveriam ser muito cuidadosas. A maioria de nós vive em casas de vidro.”
Fonte: Wikimetal