O dia 12 de setembro de 2008 foi mais do que especial aos fãs do Metallica, pois foi a consagração do retorno do grupo ao seu habitat natural, o thrash metal, com o seu nono álbum de estúdio, Death Magnetic. O trabalho também serviu como um pedido aberto de desculpas ao público pela decepção que foi seu álbum anterior, St. Anger, de 2003.
Depois de anos sem olhar para trás enquanto misturavam seu som com novas direções de composição e estranhas técnicas de gravação, o Metallica finalmente se rendeu e moldou Death Magnetic exatamente no que seus fãs vinham clamando: uma viagem inspirada diretamente pelo estilo de heavy metal original da banda, o thrash.
Quase todo mundo pode concordar que o resultado ainda não era páreo para a emoção juvenil e inovadora de Ride the Lightning, Master of Puppets ou até mesmo …And Justice for All. Mas também não há como negar que essa foi uma tentativa séria por parte da banda de reviver as glórias dos anos 80 e compensar uma “década perdida” marcada pelos discos Load (1996) e Reload(1997), sem falar no St Anger.
A difícil tarefa de liderar esse renascimento do grupo ficou por conta de Rick Rubin, um produtor conhecido tanto por seu ouvido perspicaz quanto por sua incrível capacidade de ajudar artistas veteranos a se reconectarem com a mentalidade criativa que gerou seus trabalhos iniciais e mais amados.
Fiel ao seu modus operandi bem estabelecido, Rubin forçou seus clientes milionários a ouvir atentamente seu material antigo e a dar forma a novas músicas já na sala de ensaio. Tendo completado esse processo, o Metallica emergiu com dez novas músicas, transbordando riffs monstruosos, letras profundas e, até mesmo, solos de guitarra.
Dessa forma, Death Magnetic representou a redenção de James Hetfield (vocal e guitarra) e Lars Ulrich (bateria), mas também foi uma espécie de vingança para Kirk Hammett (guitarra).
Depois de ter as mãos atadas durante as sessões tensas de St. Anger, Hammett teve a liberdade para solar o quanto quisesse. Sua nova técnica imediatamente ajudou a elevar músicas como The End of the Line, Cyanide e The Day That Never Comes ao status de destaque do álbum.
Fonte: UCR