O ano de 2010 está sendo marcado pelos lançamentos de grandes e importantes nomes do cenário metálico, uns pela expectativa – que ora acabam se revelando um grande presente de grego, que nem para peso de papel serve -, mas outros, sim, como verdadeiros presentões aos fãs de música pesada, como é o caso do álbum “The Panic Broadcast” da banda sueca Soilwork.
Nesse oitavo registro de estúdio, maturidade é o adjetivo que melhor define o álbum e contempla o atual momento na carreira dos músicos. Com a volta de seu principal compositor e fundador, Peter Witchers (guitarra), no final de 2008, o Soilwork – Björn Strid (vocal); Sven Karlsson (teclado); Ola Flink (baixo); Dirk Verbeuren (bateria) e o novato Sylvain Coudret (guitarra) – alcançou um resultado que é pra lá de satisfatório, provando de vez que é um grande ás, em meio a tantas ‘pataquadas’ que zanzam por aí.
Aqui estão todos os elementos que já é praxe encontrar no som da banda. Não faltam a intensidade de temas, indiscutivelmente, porradas, como: “Late for the Kill, Early for the Slaughter” e “King of the Threshold”. Riffs e solos eficientes e, claro, não se pode esquecer o apurado bom gosto pelas melodias nos refrãos açucarados como em “The Thrill”, “Let This River Flow” e “Epitome”, que flerta com o já citado peso, criando um equilíbrio. Além disso, devo enfatizar a caótica arte da capa, que ilustra bem o título e o conceito das canções.
O grande barato desse disco foi que a banda não se propôs a revolucionar coisíssima alguma o estilo que pratica e, tampouco, veio com aquele discursinho mixuruca de: “esse é o álbum que vai marcar a história da música pesada” e mais aquele tanto de bla, bla, bla que cansa escutar ou ler. A grande sacada foi: façamos o que de melhor sabemos fazer. E façamos sem bisonhice. Simples assim! O resultado, inevitavelmente, foi um trabalho honesto e de qualidade. Sem mais delongas, eu recomendo!
Fonte: http://www.territoriodamusica.com/resenhas/?c=3392