De doer os ouvidos: 5 músicas detestáveis de bandas clássicas de rock e metal

O rock n’ roll surgiu lá nos idos da década de 1950 como um estilo musical revolucionário, para quebrar os padrões, conceitos e consciências impregnadas na sociedade. Acertando mais do que errando, o rock rompeu comportamentos e sentimentos, deu vida e devida atenção ao quê rebelde e mostrou repulsa a quaisquer formas de proibições.

Tal vibração era o espelho cristalino do que se ouvia na vitrola e ou nas ondas do rádio: canções essencialmente poderosas e caprichadas no triunvirato base que é formado harmonia, melodia e ritmo.

Ao longo dos anos, o rock clássico anexou novas paletas sonoras, dessa forma, deu origem a outros rebentos musicais como heavy metal, rock progressivo, hard rock, thrash metal, entre muitos outros.

Porém, mesmo conseguindo manter a balança para o lado positivo em todas as suas facetas, com discos e sons impecáveis, o rock n’ roll deu com os burros n’água em muitas ocasiões, isto é, produziu canções que, por mil e uma razões, desafiam a paciência do ouvinte e não colaboram em nada para o legado, digamos, imaculado dos artistas ou conjuntos.

Sendo assim, desta vez, queremos usar o nosso espaço para rememorar 5 músicas detestáveis de bandas clássicas de rock e metal. E como diz o ditado popular: quem avisa amigo é, cuidado com as músicas referidas logo a seguir, pois são de doer os ouvidos.

D’yer Mak’er – Led Zeppelin

O mix sonoro do Led contempla folk com blues e rock curtido em um ensopado oriental com pitadas de progressivo. Isto tudo deixou o caldo da banda apetitoso, no entanto, a coisa desandou muito ao adicionar reggae à receita.

O som carece de energia e linha melódica mestre no melhor estilo gruda na cabeça. É um pastiche insosso, sem um pingo de originalidade. Certos ingredientes podem desandar o seu prato, e fora o caso de reggae na sopa de Plant, Page, Bonham e Jones.

No Bone Movies – Ozzy Osbourne

A letra criada por Bob Daisley é uma tiração de sarro com os filmes pornôs. A inspiração para o conteúdo lírico surgiu depois que Bob foi “assistir” um filme do gênero com Ozzy Osbourne e Randy Rhoads, no cinema.

Nem a crítica e o ritmo festivo salvam a música! A sensação que paira no ar é de se tratar de uma faixa composta às pressas, sem o mesmo capricho do resto do repertório de Blizzard Of Ozz, algo como um tapa buraco.

São três minutos e cinquenta e dois segundos em que Ozzy e Randy atolam em resoluções melódicas pueris, dignas de calouros do rock n’ roll.

I Finally Found My Way – KISS

Em 1998, o KISS tentou usar o mesmo expediente de 1976: colocar Peter Criss para cantar uma balada açucarada e chorosa no meio de um repertório bacana. Nos anos 70, a coisa ainda funcionou, com Beth não despertando a vontade de pular de faixa.

Contudo, na final da década de 1990, a coisa mudou de figura, I Finally Found My Way não é só mais irritante porque sua duração não excede os quatro minutos; caso contrário, a coisa toda descambaria para o insuportável.

Peter tenta emocionar em uma performance medonha e sem carisma e incapaz de gerar algum resquício de sentimento benfazejo. E mais, a letra é mais efêmera do que confissões de adolescente. Ou seja, é o KISS em um de seus piores momentos.

Death Of The Celts – Iron Maiden

A faixa segue a equação proposta por Steve Harris há alguns anos, na qual longas e lentas introduções soam supérfluas, presunçosas e redundantes, já que as canções com tal estrutura se assemelham em demasia umas com as outras, o que deixa a audição monótona, repetitiva e cansativa.

Além do mais, o Iron Maiden não precisava fazer uma canção intimamente atrelada a The Clansman, de 1998. Os caras têm milhagem suficiente para mesclar mais o repertório.

The Unforgiven III – Metallica

Na primeira The Unforgiven, James Hetfield e Lars Ulrich acertaram em cheio no quesito arranjo, teor lírico e melodia; na segunda encarnação, The Unforgiven fica num chove e não molha danado, sem dizer a que veio.

Bem, na terceira versão, a gente não pode acusar os caras de falta de empenho, visto que se dedicaram muito em criar uma canção sem um pingo de apelo emocional, embora seja adornada com piano e orquestrações pomposas.

Refrão grandioso e solo apurado passam longe do som, visto que James apronta uma lamúria cansativa em cada verso e Kirk Hammett fica na manjada escala pentatônica com wah. Ver um jogo da série C ou de várzea é mais emocionante do que este arremedo musical.

23 comentários em “De doer os ouvidos: 5 músicas detestáveis de bandas clássicas de rock e metal”

  1. A carreira solo do Ozzy a partir do Zak Wilde produziu coisas ainda piores que No Bone Movies. É um álbum pior que o outro a partir da fase pop dos anos 90!

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  2. Bom, música vai dá escola e do gosto, com relação a música do led Zeppelin, ela é excelente, e mostra a capacidade de cada músico em mostrar algo diferente e com vários elementos.

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  3. Na boa, cresci escutando todas essas músicas. Se na opinião dos críticos que escreveram essa matéria, só tenho aquela velha frase pra vocês.
    – Gosto não se discute e ponto final.
    Se a intenção era causar polêmica, parabéns, a maioria dos comentários acima gostam das músicas.
    Falei!!!!!!

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  4. Escreveu “rock e metal”, já sei que vem bobagem.
    Metal é rock.
    Dizer “rock e metal” é como dizer “aves e animais”.

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