O baixista do Megadeth, David Ellefson, bateu um papo com o canal do YouTube Waste Some Time With Jason Green, onde comentou, dentre tantos assuntos, como o líder do grupo Dave Mustaine passou assumir o posto de vocalista, além disso, Ellefson relembrou a decisão de Kerry King em deixar a banda para voltar ao Slayer.
“No final de 84, Kerry King chegou para ser o nosso segundo guitarrista. Ele estava no Slayer na época, e nós ainda estávamos fazendo testes para vocalistas. Eu lembro que era véspera de ano novo, de 83 para 84, e tivemos outro vocalista fracassando.
Então, Dave [Mustaine] pegou as letras e as prendeu na parede ou no pedestal do microfone, aí ele começou a tocar. E não sei o que a gente estava tocando, não sei se era Chosen Ones ou Looking Down the Cross, mas não era fácil de tocar e cantar, mas ele conseguiu.
Aí, nós paramos, e eu disse: ‘cara, isso foi incrível’, ele olhou para mim e disse: ‘sério’? O rosto dele estava todo vermelho, porque ele não estava respirando da forma adequada, como um cantor, além disso, ele estava tocando aquelas partes complexas, mas eu percebi e falei: ‘cara, você que escreve as letras, ou seja, ninguém vai entrar nesse personagem melhor do que você. Você é o cara, óbvio’.
No entanto, foi estranho quando nos tornamos um quarteto. Dave tinha acabado de sair do Metallica, e, claro, no Metallica, Dave não era o cantor, mas era uma espécie de frontman. Entre as músicas, ele que brincava com o público, mas, obviamente, ele era o guitarrista principal, e James Hetfield o vocalista.
A banda estreou no início de 1984, em San Francisco, com Kerry King na guitarra, Lee Rausch na bateria, eu e Dave. Mas logo depois disso, Kerry King decidiu voltar para o Slayer, porque viu que havia público para isso.
Naquela época, a ‘Bay Area’ [Área da baía de São Francisco, na Califórnia, onde o movimento thrash metal norte-americano ganhou destaque] era o Santo Graal e Kerry viu isso. Agora, eu consigo ter a visão do Slayer”.
A entrevista completa (em inglês) está disponível no player abaixo: