No início desta semana, a cantora Courtney Love mirou no Rock And Roll Hall Of Fame por sua falta de representação feminina, com as mulheres representando apenas 8,48% dos 719 indicados atualmente no Hall.
Agora, Love escreveu um longo artigo para o The Guardian intitulado Por que as mulheres são tão marginalizadas pelo Rock And Roll Hall Of Fame?. O artigo analisa a escassez de mulheres homenageadas em comparação com os homens, destacando exemplos específicos de lendárias pioneiras do rock and roll que ainda não chegaram ao Hall da Fama, ou que levaram um muito tempo para serem introduzidas.
“Quando o Rock And Roll Hall Of Fame começou em 1983, você pensaria que eles poderiam querer começar com a Sister Rosetta, com aqueles primeiros acordes que ressoaram no cancioneiro que agora estávamos cantando”, observou Love (via Loudersound). “Os indicados iniciais foram Chuck Berry, James Brown, Ray Charles, Little Richard, Sam Cooke, Fats Domino, Everly Brothers, Buddy Holly, Jerry Lee Lewis e Elvis Presley; nenhuma mulher à vista. A Sister Rosetta não entrou até que o Rock Hall foi publicamente envergonhado para adicioná-la em 2018.”
“Levou mais de 30 anos para o Rock Hall introduzir Nina Simone e Carole King”, ela acrescentou. “Linda Ronstadt estreou em 1969 e se tornou a primeira mulher a tocar em estádios, mas foi indicada ao lado do Nirvana em 2014. O mais chocante é que Tina Turner foi indicada como artista solo três décadas depois de chegar ao topo ao lado de seu agressor, Ike. Por que as mulheres são tão marginalizadas pelo Rock Hall?”
Love sugeriu que “a criação de cânones do Rock Hall não cheira apenas a porteiros sexistas, mas também a ignorância e hostilidade propositais”, e analisou também a presença de artistas negros no Rock Hall, acrescentando: “Também não parece bom para os artistas negros – os Beastie Boys foram introduzidos em 2012 à frente da maioria dos artistas negros de hip-hop com quem aprenderam a rimar”.
O Rock And Roll Hall Of Fame ainda não respondeu aos comentários de Love.
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