Pasmem! O clássicos dos clássicos The Number Of The Beast foi gravado em apenas cinco semanas, precisamente entre janeiro e fevereiro de 1982, e lançado em março do mesmo ano, evidentemente. Foi o canto do cisne do baterista Clive Burr e a introdução do novo vocalista da banda, Bruce Dickinson (ex-Samson). Também lançou ao mundo três dos maiores hinos do heavy metal: The Number Of The Beast, Run To The Hills e Hallowed Be Thy Name.
Os números também revelam o sucesso do trabalho! O disco se tornou o primeiro número um do Maiden no Reino Unido, lançando a banda a um novo nível de fama. Mais de 40 anos depois, The Number Of The Beast vendeu mais de 10 milhões de cópias em todo o mundo – mas será que todo esse sucesso foi fruto de um acordo com o Diabo? – via Loudersound.
Os rumores apontam que The Number foi um álbum amaldiçoado! O início dos anos 80 foi repleto do chamado Pânico Satânico: um fenômeno principalmente norte-americano em que heavy metal e outras formas de música foram acusados por uma turma ociosa e moralistas até a página dois de abrigar mensagens sinistras em nome de Lúcifer.
E é óbvio que a obra-prima do Maiden não foi exceção, principalmente devido à sua assustadora faixa-título, que praticamente implorou aos fundamentalistas religiosos que os perseguissem. E foi exatamente isso que eles fizeram, boicotando shows da turnê pelos Estados Unidos, distribuindo panfletos contra o grupo, fazendo protestos e queimando os LPs da banda. Ou seja, o suprassumo da ignorância!
Em apoio à ideia de que The Number Of The Beast foi amaldiçoado estão histórias de fenômenos assustadores que supostamente ocorreram enquanto a banda gravava com o produtor Martin Birch. Foi dito que durante as sessões de gravação, o equipamento de estúdio começava funcionar sozinho, do nada e de maneira inexplicável; a energia caía sem motivo; as luzes piscavam de forma aleatória e sem causa aparente. Algumas pessoas, no entanto, colocam a culpa de tais falhas no rigoroso inverno londrino.
O produtor Martin Birch também foi assombrado por eventos, digamos, no mínimo, curiosos! Em uma noite escura e chuvosa – dia em que a banda terminou a arrepiante faixa-título do álbum – Birch estava dirigindo seu carro, indo para casa, quando colidiu com uma van.
Abalado, o produtor saiu do veículo e se aproximou para verificar os ocupantes da van. Espiando por uma janela, ele encontrou seis freiras apavoradas; o motorista supostamente saiu do veículo, caiu de joelhos na estrada e começou a agradecer a Deus por poupar suas vidas.
A ironia da coisa toda viria alguns dias depois, quando Birch visitou a oficina para pagar a conta do conserto do veículo. O mecânico lhe entregou a fatura, que ficou no valor £ 666. Como disse o baixista do Maiden, Steve Harris, à revista Metal Hammer em 2015: “[Birch] ficou tão assustado que insistiu que a oficina cobrasse £ 667 dele. Deve ter sido a primeira vez que aquela oficina encontrou alguém que exigia pagar mais”.
É uma história emocionante, assim como contos que serviram como pano de fundo a filmes de terror supostamente amaldiçoados como O Presságio, O Exorcista, Poltergeist e O Bebê de Rosemary. Para o Iron Maiden, contudo, esses rumores de forças obscuras foram uma “bênção”.
Nem com o maior orçamento promocional da época a banda poderia ter adquirido melhor publicidade. É claro que os caras nunca tiveram ligação com o Lorde das Trevas! Qualquer investigação superficial sobre a banda chegaria à conclusão de que eles eram grandes contadores de histórias, mas não satanistas. Os contratempos ocorridos durante a gravação do álbum foram pura e simplesmente acontecimentos aleatórios.
Além da fantasia e o quê sobrenatural que gira em torno da obra-prima inovadora do Maiden, o que é inegável é o impacto monumental do álbum no metal. Seja amaldiçoado ou meramente apanhado num turbilhão criado por si mesmo, The Number of the Beats continua sendo um dos maiores destaques da carreira do Iron Maiden.