Bruce Dickinson, vocalista do Iron Maiden, se apresentou em São Paulo nesta segunda-feira (14), mas não foi para cantar. Seus tradicionais gritos agudos foram substituídos por preciosas lições de empreendedorismo, entremeadas pelo ácido humor britânico e lembranças da sua vida e carreira na banda.
Durante 1h30, o artista falou para um público de 7 mil pessoas sentadas que pagaram de R$ 450 a R$ 1.900 para assistirem ao líder de uma das mais importantes bandas de heavy metal do mundo contar como conseguiu conciliar a carreira de cantor com a de piloto, mestre cervejeiro, esgrimista e, de quebra, ainda superar um câncer. A palestra ocorreu dentro do VTex Day, um evento voltado para empresários de e-commerce que tem a expectativa de receber 15 mil pessoas em dois dias.
Formado em história e doutor em música, Bruce afirmou que não é bom em matemática, mas sabe fazer contas: “0 + 0 = 1. Essa é a conta. Onde não existe nada, você tem que ir lá e criar algo novo”, apontou o cantor. “Antes de entrar no Iron Maiden, eu nunca tinha saído da Inglaterra. De repente, eu estava na maior banda do mundo. Logo depois, eu percebi que se eu não fizesse nada novo, o resto da minha vida seria assim: turnê, compor, lançar disco, turnê, compor… Eu não iria suportar. Então, eu resolvi criar coisas novas”, ele disse.
Dentre essas coisas novas, ele citou o seu trabalho como piloto de avião. “Meu único trabalho registrado na vida”, contou. Então, ele explicou por que decidiu pilotar o próprio avião da banda. “Foi Jimi Hendrix quem me inspirou. Ele viajava com três integrantes e poucos instrumentos. Então, ele poderia alugar um avião e fazer um show em Nova York e outro em Los Angeles. Nós também poderíamos fazer isso”.
Quando estava quase deixando o palco, o vocalista do Iron Maiden deu uma “não notícia”: “Não faremos show no Brasil neste ano. Talvez no ano que vem. Pode ser no Rock in Rio. Estamos conversando”.
Fonte: UOL