Na primeira metade da década de 1990, o vocalista Bruce Dickinson deixou muita gente cabisbaixa e rangendo os dentes no momento em que pediu o chapéu, passou no RH e assinou a rescisão de contrato para se dedicar à carreira solo e empreendimentos particulares.
O poderoso chefão do Iron Maiden, Steve Harris, chegou a cogitar encerrar as atividades da banda, contudo, para a felicidade do público, ponderou sobre a dramática e infeliz ideia, e resolveu seguir adiante sem o Air-Raid Siren.
Blaze Bayley (ex-Wolfsbane) fora o escolhido para a complicada e complexa missão! Com um estilo vocal bem distinto do de Bruce, Blaze estreou em The X Factor, que é um álbum soturno, sombrio e gélido; bem diferente dos caminhos seguidos pelo Maiden em álbuns anteriores.
O passo seguinte da banda fora o lançamento de Virtual XI, que infelizmente acabou padecendo ainda mais que seu antecessor nas mãos dos fãs, sendo assim, colecionou muitas críticas e rejeição.
O público culpa, sem um pingo de misericórdia, Blaze pelo fracasso comercial da Donzela de Ferra em tal época. Há fãs dotados de desumanidade, brutalidade e frieza sem igual que tecem, até os dias de hoje, comentários nauseantes sobre Blaze, o que é uma atitude injusta e covarde.
Bayley é um incrível vocalista; detentor de um timbre único e carismático a seu modo, além disto, é uma pessoa simples e humilde, despojada de vaidades, o que são qualidades raras no universo musical, mas facilmente identificadas em poucos minutos de bate-papo com o cantor.
Dito isso, temos a plena certeza que Blaze Bayley é um dos maiores vocalistas do metal e provamos com 5 argumentos.
1. Quarteto peso-pesado
Silicon Messiah foi o primeiro álbum da banda Blaze e a primeira empreitada musical do cantor pós Maiden, e não é exagero afirmar que Bayley chegou com os dois pés na porta, já que o trabalho veio recheado de sons como Ghost in the Machine, Evolution, Silicon Messiah e Born As a Stranger. Um disco que deixou muitas bandas grandes como Metallica, Megadeth e Slayer comendo poeira na época em que fora lançado, em 2000.
2. Tenth Dimension
A segunda empreitada solo de Blaze foi em Tenth Dimension que também é abastecido de um heavy metal parrudo e vigoroso. Temas como Kill and Destroy, Speed of Light e Stranger to the Light colaboram para o saldo positivo do disco.
3. Vírus
O single está no repertório da coletânea Best of the Beast, do Iron Maiden, lançada em 1996, e traz uma performance potente de Blaze. A canção é uma crítica à imprensa britânica que torcia pelo fracasso do Maiden, após a entrada de Bayley.
4. Afraid to Shoot Strangers
E por falar em performance entusiasmada, o vocalista marcou um golaço na execução impecável de Afraid to Shoot Strangers; canção lançada no álbum Fear of the Dark, de 1992, ou seja, som originalmente gravado por Dickinson, que acabou encaixando perfeitamente ao estilo vocal de Blaze. Fato comprovado com a inserção da versão de Bayley na coletânea Best of the Beast.
5. Man on the Edge & The Clansman
Ao contrário do que as línguas ferinas vociferam contra o vocalista, a passagem pelo Iron foi marcada por um repertório profundo e caprichado. Não precisa cavar até o pré-sal para encontrar preciosidades musicais em ambos álbuns. Caso tenha vontade e disposição, mergulhe sem medo em tais discos. Caso não tenha ânimo para ir fundo no repertório, Man on the Edge e The Clansman já advogam a favor de Blaze.
Concordo plenamente com tudo que foi falado acima!
Concordo veementemente.
Brave New World é ótimo! Um Clássico! Mas Silicon Messiah é melhor! Eu escutei demais estes dois discos à época e acho o disco do Blaze superior! E isso é um BAITA de um elogio!
Blaze não era bom o suficiente em shows ao vivo para cantar as canções do tempo de Bruce Dickinson
100% verdadeiro. blaze deu azar pq havia muitos outros vocalistas que combinariam mais que ele no iron, mas o cara é espetacular. ansioso pra ele voltar pro brasil
X factor é um disco que envelheceu super bem, o Blaze está excelente nesse álbum, é um dos álbuns mais humanos do Iron as composições do Steve Harris como sempre sensacionais, por incrível que pareça gosto mais do álbum hoje do que quando foi lançado. Blaze Bayley é um puta vocalista, a pessoa pode até dizer que não gosto pois gosto é foda mesmo, mas não reconhecer a qualidade vocal dele é no mínimo falta de conhecimento musical. E a comparação com o Bruce realmente é foda e muito difícil, seria o mesmo peso de um cara que substituísse o Mercury no Queen, tarefa complicada mas possível.
Acho uma grande insensibilidade e falta de respeito tratar o Blaze com desdem. E, maior insensatez, ainda, fazer comparações com o Bruce. São dois vocalistas totalmente diferentes, cada um com seu estilo e potencial, respectivos. E mais, o Iron Maiden é um na época Bruce, e outro na época Blaze. A única coisa que marca a diferença é que o Iron gravou discos extremamente sensacionais até 1992, com o Bruce, que marcou gerações no mundo todo, por décadas e são consideras hinos e ouvidas com grande potencial e sem enjoar, até hoje, o que nem se chega aos pés com os discos gravados com o Blaze.