Tudo que é novo gera um desconforto em boa parte da sociedade, principalmente no campo artístico em que os ânimos são bastante acalorados. O Black Sabbath, por exemplo, quando surgiu no finalzinho dos anos 60 e colocou no mercado seu primeiro álbum de estúdio em fevereiro de 1970, Ozzy Osbourne (vocal), Tony Iommi (guitarra), Geezer Butler (baixo) e Bill Ward (bateria) mexeram nas placas tectônicas do setor fonográfico mundial.
E é claro que muita gente ficou bastante brava com o som grupo e com o próprio quarteto. Durante entrevista ao site The Telegraph, Iommi relembrou como a banda era tratada pela imprensa e sociedade inglesa e norte-americana.
“Birmingham [cidade natal do Sabbath] não queria reconhecer”, disse Iommi. “Fomos amplamente massacrados pela imprensa”, enfatizou. “Nos Estados Unidos, eles nos chamavam de satanistas”, pontuou. “Ninguém entendia o que estávamos fazendo, porque éramos muito diferentes”, acrescentou.
“Quando começamos, não existia nenhum modelo para o heavy metal”, continuou. “A gente curtia blues, jazz, filmes de terror e horror e, até mesmo, um pouco de clássico. Adorávamos isso tudo”, completou.
Os quatro cavaleiros do apocalipse mudaram a estética e os rumos da música contemporânea; os caras abriram as portas para novas nuances sonoras e, evidentemente, novos grupos. O resto, como dizem, é história.