Black Sabbath fez coisas inimagináveis com Dio e que seriam impossíveis com Ozzy, segundo Tony Iommi

A história do Black Sabbath é conhecida por todo mundo que já tem uma certa intimidade com os universos rock n’ roll e heavy metal. O trabalho do grupo ao lado do vocalista Ozzy Osbourne só funcionou até determinado ponto, visto que a partir da segunda metade dos anos 70 as drogas e bebidas tomaram conta e o caldo entornou de vez.

Em 1979, a demissão do Madman veio a galope e restou ao líder Tony Iommi juntar os cacos para reestruturar a casa e seguir em frente.

A mão salvadora foi a de Ronnie James Dio, cantor com certo reconhecimento no mercado, já que emprestou seu vozeirão ao Rainbow em trabalhos como Rising (1976) e Long Live Rock ‘n’ Roll (1978).

Em 2007, batendo um papo com o pessoal da Metal Hammer, Iommi lembrou como foi trabalhar com o saudoso baixinho-gigante. Segundo Tony, o Black Sabbath fez coisas inimagináveis com Dio e que seriam impossíveis com Ozzy.

“Foi tudo tão emocionante e desafiador”, contou Iommi. “Estávamos fazendo coisas que, francamente, estavam além de nós com Ozzy”, ressaltou. “Ele [Ozzy] não era esse tipo de cantor”, pontuou o guitarrista.

“Mas com Ronnie, havia muito mais opções. Realmente parecia que estávamos começando tudo de novo”, comemorou. “E todos nós sabíamos quando o álbum foi concluído que era algo especial. Parecia certo para a época, era o Black Sabbath como as pessoas nunca tinham nos ouvido antes”.

Tony também falou sobre uma possível recusa dos fãs ao então novo álbum, Heaven And Hell, e ao novo frontman.

“Havia uma preocupação em relação aos fãs! Não sabíamos se eles iriam curtir o novo Sabbath, mas tínhamos tanta confiança na força do que tínhamos. A nossa crença era que iríamos superar qualquer crítica.

É verdade que houveram alguns fãs reclamando da ausência de Ozzy, mas estávamos confiantes de que a maioria dos fãs iria conosco e que conseguiríamos outros fãs, também”.

A parceria Black Sabbath e Ronnie James Dio deu muito certo e foi bancada por sons como Children Of The Sea, Die Young, Neon Knights e Heaven And Hell. E como dizem os mais antigos: o resto é apenas história.

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