Um encontro que ninguém poderia prever: Black Sabbath e rap. Calma, respira fundo e não precisa quebrar o celular ou computador de tanto ódio. É preciso cautela neste momento para separar o joio do trigo. Até em tragédias e adversidades há seus pontos assertivos, basta ter olhos de ver e ouvidos de ouvir.
Para muitos fãs, os pais do heavy metal produziram sua pior obra em 1995, que é o álbum Forbidden; quinto e último registro de estúdio do grupo com o vocalista Tony Martin. Diferente do que a maioria do público apregoa sem dó e piedade, o disco não é um deserto criativo, onde nada se salva e tudo se lamenta.
Forbidden reserva ao ouvinte bons momentos e prova que as bases do grupo estão presentes em suas dez canções. Dessa forma, enumeramos 6 argumentos para você deixar de birra e chilique, colocar o disco na sua playlist e ser feliz.
1. Kiss of Death
Comece a audição do álbum pela última canção, Kiss of Death. É o som mais longo do álbum e cheio de nuances, mas não interprete tais características como um emaranhado musical com pretensões progressivas. Nada disso! A música usa e abusa de dinâmica e peso, além disso conta com interpretações caprichadas de Tony Martin (vocal), Tony Iommi (guitarra) e Cozy Powell (bateria).
2. Cozy Powell
A presença de Powell é, sem dúvida, uma salvaguarda ao álbum! Cozy nunca assinou um trabalho que fosse uma desolação sonora. A produção do disco pode não ser das melhores, mas é nítido que o músico entregou uma performance vigorosa e digna de sua assinatura.
3. Get A Grip
O groove e o riff transbordam o hard rock Sunset Strip, o que é um contraponto bacana aos momentos mais introspectivos do disco. Pluralidade musical é uma carta na manga que colabora para uma audição mais fluída e agradável.
4. Can’t Get Close Enough & I Won’t Cry for You
E por falar em pluralidade, as duas baladas açucaradas cooperam para o dinamismo de Forbidden. Além do mais, vem ratificar que headbanger tem coração e, às vezes, embaixo daquela camiseta puída e desbotada do Iron Maiden, a chama do amor pode surgir!
5. Sick & Tired
Cadenciada e com forte acento ao blues, Sick & Tired brinda o ouvinte com uma introdução vigorosa de Cozy e linhas de guitarras bem sacadas. A faixa é curta, mas é expressiva ao engrossar o caldo musical da obra.
6. Capa
A arte do cartunista e ilustrador britânico Paul Sample é incrível e harmoniza perfeitamente com o teor musical do disco. Além do mais, é bem mais interessante do que as capas de Paranoid (1970), Technical Ecstasy (1976) e 13 (2013).