George Martin, homem que produziu a maioria do catálogo clássico dos Beatles, morreu aos 90 anos de idade. A causa ainda não foi divulgada publicamente.
Ao longo das décadas, as pessoas muitas foram chamadas de “o quinto Beatle”. Mas a única pessoa que pode definitivamente pegar esse título é Martin. O produtor não apenas assinou o primeiro contrato de gravadora dos Beatles em 1962, mas passou a trabalhar com ele extensivamente, participando de quase tudo que eles gravaram nos oito anos seguintes – de “Love Me Do” ao fim com Abbey Road.
Nascido em janeiro de 1926, em Highbury (Londres, Inglaterra), Martin começou a tocar piano quando jovem e, depois de se juntar ao exército e trabalhar no departamento de música clássica da BBC, mudou-se para a gravadora EMI.
Ele encontrou os Beatles em 1962. Na época, eles eram cultuados em partes da Inglaterra, mas pouco sucesso em conseguir um contrato para gravar. O empresário do quarteto, Brian Epstein, abordou o produtor, então na EMI, e fez ele concordar em escutar uma fita demo do grupo.
Martin e os Beatles trabalharam juntos em Please Please Me (1963), (1964), Help! (1965), e Rubber Soul (1965), Revolver (1966), Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band e Magical Mystery Tour (1967), Yellow Submarine (1968), The Beatles (o White Album de 1968) e Abbey Road (1969).
O nome de Martin será sempre ligado aos Beatles, mas ele também produziu discos de Gerry and the Pacemakers, Kenny Rogers, Cheap Trick, Jeff Beck e Celine Dion, entre outros. Seu trabalho inclui a “nova” versão de “Candle in the Wind”, de Elton John, feita parar honrar a Princesa Diana. A canção foi um dos singles mais vendidos de todos os tempos.
A produção de Martin começou a diminuir consideravelmente na segunda metade dos anos 1990, conforme a audição dele ia se deteriorando. A esta altura, ele começou a ter assistência do filho, Giles Martin. Eles trabalharam juntos no projeto Love, mixando músicas dos Beatles e deixando-as novas.
Em 2011, Martin falou sobre a relação dele com os Beatles . “Acho que eles eram tão bons que estarão conosco com gerações, ao longo do próximo século”, disse ele. “Eles eram grandes músicos e grandes compositores, como Gershwin ou Rodgers e Hammerstein. Eles estão na história e os Beatles estão na história também. Eles estarão lá em 100 anos também. Mas eu não.”
Fonte: Rolling Stone