Do pop ao metal, do rock ao funk, as bandas e artistas estão usando e abusando de backing tracks e lip sync (sincronia labial) nas apresentações ao vivo. É uma tática para disfarçar uma possível inabilidade técnica dos cantores e possibilitá-los uma performance sem dores de cabeça e contratempos.
O vocalista do Testament, Chuck Billy, durante bate-papo com o canal Syncin’ Stanley, afirmou que não faz o uso do artifício e pesou a mão em grupos que se beneficiam de tal artimanha para deixar seus shows redondos e sem erros.
“Olha, essa não é a minha praia. Eu definitivamente não faço sincronização labial. As únicas vezes que faço sincronização labial são para gravar clipes, pois é claro que não são ao vivo. Toda banda faz isso. Você toca a música e faz a sincronização labial.
Portanto, não é muito divertido, porque não é real. Pode ter certeza que sou bem mais feio e desagradável cantando ao vivo do que em um vídeo que você vê na MTV”.
O vocalista arrematou dizendo: “Mas tem muitas bandas por aí que provavelmente precisam deste tipo de ajuda. Eu sei que há bandas como Def Leppard que usam muitos backing tracks, que ajudam dar aquele apoio para um som grande ao vivo. Até porque, você não tem como ter muitas vozes ao vivo, a menos que tenha um coral”.
Apesar da fala de Chuck Billy, o guitarrista do Def Leppard, Phil Collen, em conversa com o site Ultimate Classic Rock tempos atrás, declarou que todas as linhas vocais são feitas ao vivo, apenas algumas camas de teclado são adicionadas em algumas músicas do show.