Há quem tenha uma completa aversão à glorificação do passado; muita gente considera um saudosismo barato e, até mesmo, romântico. Porém, uma coisa ninguém pode negar, é de lá do passado, principalmente das décadas de 1970 e 1980, que vem os maiores clássicos do rock n’ roll e heavy metal.
Nas décadas posteriores têm bons sons, hits e conjuntos criando material caprichado? Com total certeza, absolutamente. Como há uma oferta grande, principalmente nos últimos anos, de música, o processo de garimpo se torna mais laborioso, mas tem muita coisa boa aqui, em nosso mercado doméstico, e no internacional – vamos tocar neste assunto, novamente, em uma outra oportunidade.
Hoje, vamos rememorar, brevemente, a importância dos anos 80 ao som pesado! Foram dez anos em que o rock e o metal comandavam o mundo. O panorama político e econômico no Brasil e no estrangeiro não eram lá essas coisas: inflação altíssima, polarização do planeta entre dois blocos – capitalista e comunista -, ânimos entre os norte-americanos e soviéticos ainda mais exaltados e a queda do muro de Berlim foram alguns dos principais temas dos noticiários internacionais.
Aqui, dentro da nossa casa, em meados da citada década, era decretado o fim da ditadura, o começo da redemocratização; mais para frente, a criação da nossa Constituição Federal, ou seja, era muita, muita coisa para ser absorvida, processada e entendida.
Além disso, os avanços tecnológicos chegaram com tudo! Os primeiros telefones celulares, os primeiros CDs-Roms, o primeiro computador Macintosh, VHS, internet e walkman eram algumas das modernidades da época.
Portanto, para um período tão efervescente e importante, a música, e a cultura como um todo, tinha que caminhar no mesmo compasso, com muita intensidade e o volume lá no onze. Como dizem por aí: missão dada é missão cumprida, assim, as bandas, artistas e todo setor de entretenimento e arte esculpiram o melhor que puderam com as ferramentas que lhes estavam à disposição.
Os conjuntos de rock e metal, por exemplo, desmamaram dos blues e abraçaram de corpo e alma o pop. Cabe relembrar que na década de 1970 o som pesado era profundamente enraizado no blues, o que era ótimo, porém, uma chacoalhada nas bases fez bem à cena, trouxe um bem-vindo frescor e tratou de renovar as características sonoras.
Bancado pelas melodias açucaradas do pop, o rock e metal rapidamente escalaram as paradas de sucesso e chegaram, pasmem, ao posto mais alto da Billboard, a título de exemplo, que na época gozava de certo prestígio mercadológico e era sinônimo de bom trabalho.
A chegada da MTV fora uma imensa alavanca aos artistas/grupos que desejavam trilhar um caminho menos tortuoso. Seguir as premissas dos executivos do canal e, consequentemente, dar as caras na programação da emissora significava receber muitas ofertas de trabalho, de contrato e de shows, isto é, era ganhar o bilhete dourado da roda da fortuna.
Nomes como Mötley Crüe, Poison, Europe, Ratt, Bon Jovi, Alice Cooper, Def Leppard, Guns N’ Roses, Whitesnake, Heart, Aerosmith, KISS, Van Halen, entre muitos outros conjuntos, adequaram seus respectivos sons para entrarem na grade da MTV e, à vista disso, encheram os bolsos de milhares de dólares.
Decerto teve uma turma que percorreu caminhos mais sinuosos como o Iron Maiden e o Metallica, pois não aderiram ao laquê, cabelo de poodle, calça de oncinha e afins para figurarem no mainstream e nas paradas de sucesso. Mesmo assim, alcançaram, dentro do limite de seus estilos musicais, gigantesco êxito.
A pluralidade musical nos anos 80 era tamanha, que havia espaço também para a alquimia do rap com o rock, então, Faith No More, Red Hot Chili Peppers e, inclusive, o Anthrax, que a princípio rezava na cartilha do thrash metal, deram vida a uma interessante faceta sonora.
A galera que curtia algo mais romântico, pop e festivo podia cortejar o mozão ao som de Duran Duran, Tears For Fears, A-Ha, The Cure, Kate Bush, Pet Shop Boys e mais.
A garantia que se tinha era um som caprichado no player, que podia ser o cassete, vinil ou a estação de rádio – sim, houve uma época em que as rádios eram super legais e dava até pena de desligar o aparelho para ir trabalhar ou dar conta das responsabilidades da vida.
Infelizmente, ao final da década, as luzes de neon e o brilho da bola de disco foram ficando opacos, o mercado se saturou de tantas festas, de tanto glamour e de tantas caras e bocas de nomes como Bret Michaels e Vince Neil.
Novas dinâmicas artísticas estavam tomando forma e ganhando força para uma elevação aos pontos mais altos da indústria fonográfica. Grunge seria a ponta de lança – o principal movimento musical dos anos 90, que ainda contou com o amado/odiado nu metal e o levante de sons mais extremos.
Mas ame ou odeie, os anos 80 foi a década em que o rock e o metal comandavam o mundo, e isso foi providencial para a continuidade e a conservação da cena da música pesada.
MTV não é emissora de rock. É emissora de música. De TODOS os tipos de músicas!
Época que ouvia música boa.
Concordo que o rock morreu nos anos 90. Agora é só ums amufadinhas disfarçado de rock.
O rock no Brasil morreu…mas deixou sua alma oitentista no meu coração…quem gosta de música não vai sair desta que foram as melhores gerações de todos os tempos…70.80.90…o resto é cópia ou porcaria… pronto falei..
As Décadas: 80 e 90 foram excepcionais. Sou um saudosista de carteirinha. Só sabe quem viveu!!!
É incrível…a década que o mundo inteiro era rock’n’roll…
Meu caro,uma breve pesquisa por aqui mesmo te mostrará que ,essa referência a MTV,se dava na época de ouro da música.Sim a MTV , já foi uma emissora voltada ao melhor som do mundo.Hoje em dia infelizmente perdeu e essencia e se tornou o que é hoje